Um grupo de 11 senadores democratas enviou, no dia 10, uma carta ao presidente Barack Obama pedindo uma decisão sobre a construção do oleoduto Keystone XL até 31 de maio. O documento demanda um calendário rígido para o processo de avaliação do projeto, que se arrasta há mais de cinco anos. A Casa Branca dispensou o pedido, alegando que não vai interferir na questão. No momento, o Departamento de Estado aguarda comentários de agências federais a respeito de um relatório publicado em janeiro sobre os impactos ambientais do projeto. Se aprovado, o oleoduto ligará as reservas de petróleo betuminoso do Canadá às refinarias no Golfo do México. Por cruzar as fronteiras do país, o projeto requer autorização do Departamento de Estado, que deve determinar se o empreendimento atende ao interesse nacional. A carta enviada pelos senadores mostra aumento da pressão por parte de setores do Partido Democrata pela autorização ao oleoduto, que normalmente é defendida pelos republicanos. A maior parte da base eleitoral do presidente é contra a construção, principalmente pelos efeitos ambientais. Entretanto, a aprovação da obra pode ser decisiva para a reeleição em 2014 de alguns senadores democratas ligados a estados conservadores. Cinco senadores que assinaram a carta devem enfrentar uma disputa acirrada e suas reeleições são fundamentais para manutenção da maioria democrata no Senado. A questão coloca Obama em uma posição delicada, uma vez que a permissão para o oleoduto prejudicaria democratas que dependem dos votos da comunidade ambientalista.