Departamentos de Estado e Defesa divergem sobre a Síria

Os Departamento de Estado e Defesa discordam sobre a estratégia militar na guerra civil da Síria. De acordo com uma matéria do The Wall Street Journal, no dia 7, o secretário de Estado John Kerry defende inclusive uma intervenção direta no país. Kerry teria o apoio de figuras importantes na administração Obama, como a embaixadora na ONU, Samantha Power. Segundo as fontes do jornal, o objetivo seria acabar com a guerra civil e derrubar o regime de Bashar al-Assad. O secretário também defende o envio de forças especiais para treinar e equipar a oposição. Já o secretário de Defesa, Chuck Hagel, e o chefe do Estado-Maior, general Martin Dempsey, se opõem à intervenção direta para não envolver os EUA em mais um conflito de solução duvidosa no Oriente Médio. Dempsey e Hagel concordam em treinar os combatentes antigovernistas, mas preferem postegar o início do programa. O receio é que a iniciativa leve Assad a interromper a remoção de armas químicas, como acordado no ano passado com Rússia, EUA, e representantes da oposição. Outro temor é que os rebeldes percam controle sobre os armamentos recebidos dos EUA para grupos como Hezbollah e Al Qaeda. Essas organizações ajudam, respectivamente, ao governo sírio e aos oposicionistas. Aliados no Oriente Médio e o Partido Republicano criticam o governo Obama pelo que consideram uma atitude passiva sobre a questão. O descontentamento vem ganhando apoio de alguns democratas. Em março, os senadores Tim Kaine (D-VI) e Marco Rubio (R-FL) conseguiram aprovar uma resolução bipartidária que pede por uma estratégia mais robusta em relação à crise síria.

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