Os 12 membros da Parceria Transpacífica (TPP, na sigla em inglês) não farão negociações conjuntas em abril e planejam uma nova rodada de negociações apenas para o mês de maio. A reunião ocorreria à margem da conferência da Organização de Cooperação da Ásia-Pacífico (APEC, na sigla em inglês), nos dias 17 e 18 de maio, na China. Um dos obstáculos ao avanço da TPP são as divergências entre Japão e EUA nos setores agrícola e automotivo. O adiamento de uma nova rodada permite que negociações bilaterais nessas áreas sejam concluídas. No último encontro sobre acesso a mercados agrícolas, entre 27 e 28 de março em Washington, os países não realizaram grande progresso. Entre 31 de março e 1o. de abril, Japão e EUA discutirão temas do setor automotivo. O presidente Barack Obama e o primeiro ministro japonês Shinzo Abe ainda se reunirão no fim de abril e devem tratar de ambas as questões. Além dessas pendências bilaterais, uma nova rodada da TPP abordará questões de propriedade intelectual, empresas estatais, regras de origem e tarifas. O tema da proteção de propriedade intelectual é de especial interesse para a indústria farmacêutica dos EUA. Em relação a empresas estatais, não há consenso sobre os mecanismos de solução de controvérsias a serem adotados em caso de disputas. Quanto a regras de origem, o impasse gira em torno da validação e cumprimento das mesmas. Ativistas e grupos sociais tem criticado a falta de transparência das negociações. O professor Joseph Stiglitz, da Universidade de Columbia, questionou o provável uso das novas regras para o enfraquecimento de legislações ambientais, trabalhistas e de proteção ao consumidor.