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‘Poder e comércio: A política comercial dos Estados Unidos’, um livro premiado para entender Trump 2.0 

Logo do USTR (Fonte: Joint Center for Political and Economic Studies)

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Para compreender melhor a atual política de comércio internacional do governo Trump 2.0, é fundamental conhecer a trajetória do tema nos Estados Unidos em uma perspectiva histórica. 

LivroResultado de ampla e profunda pesquisa dos professores Tullo Vigevani, Filipe Mendonça e Thiago Lima, o livro Poder e comércio: A política comercial dos Estados Unidos (Editora Unesp, 2018, 457 páginas) analisa a política de comércio internacional dos Estados Unidos, com especial atenção às instituições norte-americanas responsáveis por sua formulação e execução. O período estudado é extenso — desde o período entre guerras até o início do século XXI — e se concentra na análise do papel dos Estados Unidos na evolução do Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio (GATT, na sigla em inglês), da Organização Mundial do Comércio (OMC), e no exame detalhado de instituições especificamente norte-americanas, particularmente o United States Trade Representative (USTR). 

A obra oferece uma visão abrangente das estratégias comerciais dos EUA e das instituições que moldaram sua política comercial ao longo do tempo. Destaca-se pelo olhar crítico sobre as relações comerciais dos Estados Unidos e seus efeitos na economia global, sendo uma leitura indispensável para acadêmicos, economistas, formuladores de políticas e todos aqueles interessados em compreender a dinâmica do comércio internacional. 

Este livro recebeu o Prêmio de Melhor Obra Científica de Ciências Sociais da Anpocs (Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais) em 2019. 

 

Sumário 

Lista de abreviações 

Apresentação 

Introdução 

Conceitos e dinâmicas 

Estrutura de capítulos 

1 Antecedentes da política comercial norte-americana 

1.1 A ordem econômica internacional em reconstrução e o nascente regime do Gatt 

1.2 A crítica doméstica ao internacionalismo do Departamento de Estado nas negociações do Gatt 

2 Os custos da posição solar dos Estados Unidos e a opção pelo livre-comércio na década de 1960 

2.1 O efeito dominó tarifário, o déficit e o dólar 

2.2 Viabilidade política e ideias sobre o papel do livre-comércio e o fortalecimento do sistemaantigo no início dos anos 1960 

3 O sistema antigo de formulação e execução da política comercial dos Estados Unidos: o Trade Expansion Act de 1962, o Special Trade Representative e a Rodada Kennedy 

3.1 As novas relações econômicas internacionais dos Estados Unidos, o TEA e a gênese do STR 

3.2 Preparativos para a Rodada Kennedy 

3.3 A Rodada Kennedy: impasses e resultados 

3.4 Um passo para trás para dar dois passos à frente 

4 A crise da década de 1970 e a derrocada do sistema antigo na política comercial norte-americana 

4.1 A crise sistêmica e as tentativas de coordenação macroeconômica entre os países desenvolvidos 

4.2 Impacto da crise nos Estados Unidos 

4.3 Novos rumos na política comercial: queda do internacionalismo, ascensão do interesse econômico nacional 

5 Paroquialismo e aumento da percepção econômico-nacionalista na década de 1970: o Trade Act de 1974 

5.1 A Comissão Williams e o lançamento da Rodada Tóquio do Gatt 

5.2 O Trade Act de 1974: fortalecimento institucional do STR e o fast-track 

5.3 Fragmentação do sistema de política comercial e aumento do poder do STR 

5.4 Reformas no Congresso, paroquialismo e aumento da percepção econômico-nacionalista 

5.5 A administração Ford: atuação discreta do STR e maturação do nacionalismo pragmático na política comercial norte-americana 

5.6 Intensificação da proteção e da defesa comerciais e o surgimento da Seção 301 

6 O USTR, a Rodada Tóquio e as novas dimensões do poder comercial dos Estados Unidos 

6.1 A administração Carter: fortalecimento do STR e engajamento na Rodada Tóquio 

6.2 Progresso na Rodada Tóquio até a Cúpula de Bonn 

6.3 A conclusão da Rodada Tóquio e o uso dos procedimentos criados pelo Trade Act de 1974 

6.4 O Trade Agreements Act de 1979 e a criação do USTR 

7 A retomada da hegemonia norte-americana e a institucionalização do fair trade 

7.1 O amadurecimento da política do fair trade e o início das atividades do USTR 

7.2 O processo de formulação de política comercial na primeira administração Ronald Reagan (1981-1984) 

7.3 A política comercial de Reagan e a institucionalização do fair trade 

7.4. O debate do Trade and Tariff Act de 1984 

8 A segunda administração Reagan: reorganização da burocracia e modificação na política comercial 

8.1 Modificação da política comercial dos Estados Unidos: unilateralismo agressivo e fair trade 

8.2 O debate sobre o Omnibus Trade and Competitiveness Act (Octa) de 1988 

8.3 O Omnibus Trade and Competitiveness Act (Octa) de 1988 

9 A nova fase da posição solar dos Estados Unidos e seus reflexos na política comercial 

9.1 Defesa comercial e protecionismo 

9.2 A transição para o mundo pós-Guerra Fria 

9.3 A política comercial de Bush: continuidade na estrutura internacional em transição 

9.4 Impulsos domésticos e a política do fair trade de Bush 

9.5 Renovação do fast-track, Rodada Uruguai e Nafta 

10 A política comercial de Bill Clinton: promovendo a liberalização no pós-Guerra Fria 

10.1 Reorganização do sistema de formulação e negociações comerciais na ausência do constrangimento bipolar 

10.2 Japão, China e o Leste Asiático 

10.3 Novos atores e novas dinâmicas: o sistema de política comercial em exaustão 

10.4 Negociações sem fast-track 

10.5 Proteção e defesa comercial 

11 Os Estados Unidos, a Rodada Uruguai (1986-1994) e a criação da OMC 

11.1 A estratégia de múltiplas frentes em ação: os caminhos preparatórios até o início da rodada 

11.2 O desenrolar da Rodada Uruguai: de Montreal ao acordo de Blair House 

11.3 O multilateralismo agressivo de Clinton e a conclusão da Rodada 

11.4 Ratificação da OMC, single undertaking 

Considerações finais 

 

Conheça os autores

Tullo Vigevani concluiu o doutorado em História Social pela Universidade de São Paulo em 1990. Tornou-se professor titular de Ciência Política da Universidade Estadual Paulista (Unesp) em 2007 e, em 2014, recebeu o título de professor emérito. É pesquisador do Centro de Estudos de Cultura Contemporânea (Cedec) e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Estudos sobre os Estados Unidos (INCT-INEU). Colabora com diferentes instituições e participa de inúmeros conselhos editoriais de publicações. Aposentou-se em 2012, atuando como professor voluntário a partir de então. Foi bolsista 1A do CNPq até 2024, mantendo bolsa de produtividade em pesquisa sênior/pq-sr até o referido ano. É sócio emérito da Associação Brasileira de Relações Internacionais (Abri) desde 2015. Foi homenageado pela Associação Brasileira de Ciência Política (ABCP) no XI Encontro, realizado em 2018. Em 2024, foi reconhecido com o Prêmio Anpocs de Excelência Acadêmica Gildo Marçal Brandão em Ciência Política, durante o 48º encontro anual da instituição.

 

Filipe Mendonça tem graduação em Relações Internacionais, mestrado em Relações Internacionais pelo Programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais San Tiago Dantas (UNESP, UNICAMP e PUC/SP) (2009) e doutorado em Ciência Política pela Unicamp (2013). É professor da Universidade Federal de Uberlândia (IERI/UFU) e coordenador do Programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais da UFU (PPGRI-UFU). Também é pesquisador do INCT-INEU e tutor do Observatório de Economia Política Internacional (OEPI). Além de Poder e comércio, é autor do livro Entre a teoria e a história: A política comercial dos Estados Unidos na década de 1980 (Editora Unesp).

 

 

Thiago Lima é coordenador de Cooperação Internacional no Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar. Foi coordenador de projeto na Força-Tarefa para o estabelecimento da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza pela Secretaria de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda. É professor associado do Departamento de Relações Internacionais da UFPB e docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Gestão Pública e Cooperação Internacional (PGPCI) e do Programa de Pós-Graduação em Ciência Política e Relações Internacionais (PPGCPRI) da UFPB. Doutor em Ciência Política pela Unicamp, mestre em Relações Internacionais pelo Programa de Pós-Graduação San Tiago Dantas (UNESP, UNICAMP, PUC-SP), é graduado em Relações Internacionais pelo Unibero. Foi coordenador do PGPCI entre 2019 e 2022. É membro da Comissão Científica da Associação Brasileira de Relações Internacionais (Abri) e a atua como pesquisador do INCT-INEU. Coordenador do Grupo de Pesquisa sobre Fome e Relações Internacionais (FomeRI) da UFPB, foi vencedor do Prêmio CAPES de Tese 2015, na área de Ciência Política e Relações Internacionais.

 

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