Filme “Todas as Estradas de Terra têm Gosto de Sal” estreia em 21 nov. no Brasil (Fonte: IMDB)

A cada semana, sugestões do que estamos lendo, escutando, assistindo e fazendo

Por Equipe OPEU* [Radar OPEU] [Divulgação]

TATIANA TEIXEIRA, pesquisadora de pós-doutorado (INCT-INEU/CNPq) e editora responsável pelo OPEU

Escutou os seguintes episódios de podcast: “Matt Gaetz: who is Trump’s controversial nominee for attourney general?” (Politics Weekly America, do jornal britânico The Guardian); “The Real Power behind the Trump Throne” e “Trump calls out the mooch” (The Rest is Politics: US); “Elon Musk lunches into American Politics”, “Trump 2.0: a Cabinet full of Surprises and an Awkward Visit with Joe Biden” e “Bernie Sanders says Democrats lost their Way” (The Daily, do jornal The New York Times); “Hardliners, loyalists and a dog killer: Trump’s new White House Team” (Today in Focus, do Guardian); “Roundup: Here are Trump’s Picks to run Government Agencies” (The NPR Politics Podcast); e “Ezra Klein on Where Democrats go from here” e “Trump’s YOLO Cabinet” (Pod Save America)

Conhecendo novos escritores com o podcast Between The Covers: Conversations with Writers in Fiction, Nonfiction & Poetry

Assistiu ao episódio “Miguel Nicolelis: distopia das Big Techs, o domínio da extrema direita e o fim do Sonho Americano”, apresentado por Luis Nassif, transmitido em  9 de novembro no canal do YouTube da TV GGN

Participou do episódio “Trump e o poço sem fundo da extrema direita global”, do programa Observatório de Geopolítica, da TV GGN, no YouTube, apresentado por Pedro Costa Jr.

RAFAEL HEYNEMANN SEABRA, doutor em Economia Política Internacional (PEPI-UFRJ) e colaborador do OPEU

Assistiu ao episódio “Conversas Sobre o Mundo Contemporâneo 88: A Vitória de Trump“, no canal do Instituto de Economia da UFRJ no YouTube. Os professores Ronaldo Bicalho, Numa Mazat e Luiz Carlos Prado debatem a vitória de Donald Trump do ponto de vista da economia política. Um aspecto central do debate foi em que medida as políticas do presidente Joe Biden favoreceram os trabalhadores americanos e, nesse caso, por que os benefícios não resultaram em votos para a candidata democrata Kamala Harris

ANDRESSA MENDES, doutoranda em Relações Internacionais pelo Programa de Pós-Graduação San Tiago Dantas e pesquisadora colaboradora no OPEU 

Assistiu à mesa-redonda on-line denominada “Ciência Política Debate – Eleições nos EUA e reflexos no Brasil”, transmitida no YouTube da Associação Brasileira de Ciência Política (ABCP). A mesa contou com a participação da prof.ª Isabela Kalil (Observatório da Extrema Direita), da doutoranda Flávia Batista (Universidade de Maryland) e do professor Guilherme Casarões (FGV EAESP e Observatório da Extrema Direita)

YASMIM ABRIL M. REIS, doutoranda em Relações Internacionais pelo Programa de Pós-Graduação San Tiago Dantas e colaboradora no OPEU 

Assistiu ao episódio “Desigualdade global: Estados Unidos” da série produzida pela Folha de S. Paulo. O episódio narra como, desde 1980, as famílias de classe média do país tiveram sua renda impactada e reduzida de 60% para 50% com a estagnação do setor industrial. Além disso, o capítulo mostra a realidade do distrito de Braddock, na Pensilvânia, e como a inovação tecnológica e a saída do polo industrial da região tiveram impactos severos para a classe média industrial. Por fim, o episódio relata esse processo de “desindustrialização” e como Donald Trump se utilizou desse problema e narrativa para alcançar os votos da população de classe média industrial, essa região que é conhecida como “Cinturão da Ferrugem” (Rust Belt)

Escutou o episódio “George Washington, o general que não queria ser presidente” do podcast que aborda a história dos Estados Unidos e de seus presidentes desenvolvido pelo jornal Estadão. O primeiro episódio da série narra como George Washington liderou o país na guerra de independência contra o Reino Unido e como se criou, a partir dele, a ideia de tradição da transição pacífica de poder. A tradição permanece até os dias atuais, ainda que nem sempre exatamente pacífica

Assistiu ao episódio “Trump e a desglobalização” do canal do professor geógrafo João Felipe. No episódio, aborda-se como a volta de Donald Trump à Casa Branca pode aumentar políticas protecionistas nos EUA, o que a literatura tem denominado como desglobalização. No capítulo, João Felipe discute como a organização do espaço geográfico tem sido modificada por meio da menor integração econômica, aumento de políticas protecionistas e fortalecimento de barreiras

VICTÓRIA LOUISE QUITO, mestranda em Relações Internacionais no Programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (IRI/PUC-Rio) e colaboradora do OPEU

Lendo Red Clocks (Little, Brown and Company, 2018), de Leni Zumas. Lançado durante o primeiro governo de Donald Trump (2017-2021), o livro retrata a experiência de mulheres em diferentes contextos que lidam – em um cenário ficcional – com um Estados Unidos em que uma “Personhood Amendment” à Constituição dos Estados Unidos foi aprovada. A nova legislação nacional, não muito diferente das Emendas já propostas no país, nesse caso, passaria a proibir o aborto em todos os estados – tornando o procedimento equiparável ao crime de assassinato –, como também a fertilização in vitro –, pois o embrião não poderia conceder permissão para tal [sic]. No romance, também aprova-se a lei “Every Child Needs Two” [sic], vedando o direito à adoção por parte de pessoas solteiras. 

Se o livro já ajudava a entender na prática as consequências que tais decisões poderiam ter na vida das cidadãs dos Estados Unidos quando foi publicado, hoje seu tom é quase profético. Apesar de o cenário que retrata ser pior do que o atual do ponto de vista dos direitos reprodutivos femininos, a segunda eleição de Trump e a reversão de Roe vs. Wade demonstram na prática que nada é impossível. Vale dizer que a leitura é fluida, divertida e instigante. Um ótimo livro. No link abaixo, uma entrevista com a autora, sobre o livro, ao podcast Between the Covers

LAURO ACCIOLY, pesquisador colaborador do OPEU, responsável pela área de Segurança e Tecnologia, e mestrando do Programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), com período “sanduíche” na American University em Washington, D.C

Coletando materiais de pesquisa na Library of Congress em Washington, D.C., acerca do uso de equipamentos tecnológicos para vigilância da fronteira entre Estados Unidos e México

Lendo o livro The Walls Have Eyes: Surviving Migration in the Age of Artificial Intelligence (The New Press, 2024), da jornalista Petra Molnar, que aborda uma história global sobre o fortalecimento das fronteiras por meio de experimentos tecnológicos, refletindo sobre seis anos de trabalho prático e, ao mesmo tempo, introduzindo estratégias de união entre fronteiras físicas e ideológicas

Acompanhando o podcast ‘‘Amazônias Conectadas’’, que apresenta discussões sobre a ligação que a Internet tem com justiça climática, preservação ambiental e futuros possíveis na Amazônia

FÁBIA MUNERON BUSATTO, mestranda em Relações Internacionais pelo Programa de Pós Graduação em Relações Internacionais da Universidade Federal de Santa Catarina (PPGRI UFSC) e colaboradora OPEU

Escutou o episódio Trump’s Back, do podcast Xadrez Verbal. Com a participação do convidado Gustavo Rebello, Filipe Figueiredo e Matias Pinto debatem sobre os cenários que levam à eleição de Trump, suas indicações até o momento e perspectivas para seu governo e condução de política externa

Acompanhou a newsletter do Jornal do Veneno, de Juliana Gomes, na edição sobre o Fim da Escala 6×1. Juliana comenta sobre a PEC apresentada e as repercussões no cenário nacional

Assistiu ao filme “Mera Coincidência” (“Wag the Dog”), lançado em 1997 e dirigido por Barry Levinson. O filme trata de uma equipe de Hollywood contratada para o gerenciamento de crise de mídia do presidente dos Estados Unidos, depois de um escândalo às vésperas da eleição. Já um clássico, a obra traz questões instigantes sobre o poder da mídia, da imagem e do imaginário coletivo na capacidade de moldar a política nacional e de influenciar decisões eleitorais

AUGUSTO SCAPINI, bacharel em Relações Internacionais pelo Instituto de Relações Internacionais e Defesa da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IRID/UFRJ), colaborador do OPEU e ex-bolsista de Iniciação Científica do INCT-INEU/OPEU (PIBIC/CNPq)

Assistiu à palestra online da London School of Economics and Political Science (LSE) sobre o tema “The US presidential election and the left”, com Kate Aronoff, Stephen Castle, Inderjeet Parmar e Richard Seymour, mediada por David Madden. O evento foi promovido no âmbito do programa Ralph Miliband, uma das séries de palestras públicas de maior prestígio da LSE, criado em 1996. Outras palestras do programa podem ser acessadas aqui

KAYLA ARNONI VERTEMATTI BAPTISTA, é graduanda em Relações Internacionais pela Universidade Anhembi Morumbi e membro do OPEU, no âmbito do projeto de extensão Dual UAM-OPEU

Lendo “O Terceiro Ausente” (Editora Manole, 2009), de Norberto Bobbio (1909-2004), filósofo político, escritor e senador italiano. Reúne uma série de ensaios e discursos sobre a paz e a impossibilidade da guerra como solução. O autor aborda a democratização do sistema internacional, a partir da criação de um poder “terceiro”, não despótico, que deveria ser capaz de mediar e resolver conflitos, alinhando-se ao conceito da não-violência. Bobbio acredita que, mesmo na ausência desse “terceiro poder”, ainda deve ser possível alcançar a paz

Assistiu a “Todas as Estradas de Terra têm Gosto de Sal” (“All Dirt Roads Taste of Salt”, 2023), de Raven Jackson, fotógrafa, escritora e cineasta estadunidense. O filme se utiliza de uma narrativa não linear e poética para explorar a vida de Mackenzie (Zainab Jah e Kaylee Johnson), uma mulher negra do sul dos Estados Unidos, na zona rural do Mississippi. É uma obra de arte dedicada às gerações passadas e às pessoas que nos fazem quem somos. Está em cartaz em sessões especiais e estreia no Brasil, oficialmente, em 21 de novembro

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* Revisão e edição: Tatiana Teixeira. Este conteúdo não reflete, necessariamente, a opinião do OPEU, ou do INCT-INEU.

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