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Radar OPEU n. 3

Crédito: Pôster de divulgação

A cada semana, sugestões do que estamos lendo, ouvindo, assistindo e fazendo

Por Equipe OPEU* [Radar OPEU] [Divulgação]

TATIANA TEIXEIRA, pesquisadora de pós-doutorado (INCT-INEU/CNPq) e editora do OPEU

Acompanhando a série “We, the voters: The Left. The Right. The Disillusioned.”, da NPR, que traz reportagens, entre textos e áudios, sobre os sete swing states que decidirão a eleição presidencial este ano nos EUA: Arizona, Carolina do Norte, Geórgia, Michigan, Nevada, Pensilvânia e Wisconsin

Maratonando os vídeos da iniciativa “Election ’24: Issues at Stake”, do think tank Brookings Institution, com painéis de especialistas que discutem as questões políticas nas áreas temáticas de Empregos, economia e oportunidades; Gastos do governo, impostos e dívidas; IA responsável; Segurança nacional e o papel dos Estados Unidos no mundo; Clima e energia; e Eleições e democracia

Assistiu a “Dias melhores” (trailer abaixo), de Derek Tsang (2019), indicado ao Oscar na categoria de Melhor Filme Internacional. É um filme duro, de digestão lenta. Expõe um cotidiano escolar marcado por bullying (que leva a um suicídio) e a pesada rotina de estudos do competitivo sistema educacional chinês. O recorte temático e temporal do longa é o ano preparatório para o Gaokao, o exame nacional de admissão no ensino superior. Considerado o mais difícil do mundo, o vestibular chinês tem a participação, anualmente, de mais de dez milhões de estudantes. Em um plano paralelo, transcorrem os dramas da dupla de protagonistas – Chen Nian (Dongyu Zhou) e Xiao Bei (Jackson Yee), diferentes na superfície, mas tão semelhantes abaixo dela. O que me fez incluir a obra neste Radar OPEU foi, no entanto, a possibilidade de reflexão e de comparação com o sistema educacional nos Estados Unidos, ou seja, como as duas principais potências do mundo contemporâneo entendem a educação e como investem em políticas para o setor.

Uma característica distintiva entre ambos é a maior concentração, por parte do governo central chinês, do encargo na formulação de políticas públicas e na decisão sobre os investimentos na educação. Nos EUA, essa responsabilidade recai, histórica e principalmente, sobre cada um dos 50 estados, o que contribui para exacerbar desigualdades dentro e entre eles. Deixo aqui um primeiro exemplo ilustrativo do impacto da mencionada discrepância (um tema que poderá vir a ser desenvolvido em um Informe OPEU). Nas últimas edições do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), prova aplicada a um conjunto de quase 80 países pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) para verificar competências em Leitura, Matemática e Ciências, a China esteve em primeiro lugar, ou entre os primeiros, acompanhada de vizinhos asiáticos. O filme está disponível na MUBI

 

LUCAS AMORIM, doutorando em Relações Internacionais do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de São Paulo (IRI-USP) em período sanduíche na Georgetown University e colaborador do OPEU

Participou da Reunião Anual do Grupo Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional que ocorreu de 21 a 26 de outubro, em Washington, D.C. Entre as palestrantes, estiveram a secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen; a ministra do Planejamento e Orçamento do Brasil, Simone Tebet; a ex-presidenta do Chile Michelle Bachelet; além dos anfitriões Kristalina Georgieva, diretora-geral do FMI, e Ajay Banga, presidente do Banco Mundial

Assistiu a “A Substância” (trailer abaixo), body horror da diretora francesa Coralie Fargeat, que recebeu o prêmio de melhor roteiro no Festival de Cannes. O filme retrata Elisabeth (Demi Moore), atriz em declínio que, vendo sua posição ameaçada, recorre a uma droga clandestina que revela sua “melhor versão”: Sue (Margaret Qualley). Por meio de ângulos desconfortáveis, uso de lentes distorcidas e macros, a diretora explora temas como os padrões de beleza absurdos e a “obsolescência programada” imposta às mulheres após os 50 anos em Hollywood

 

YASMIM ABRIL M. REIS, doutoranda em Relações Internacionais pelo Programa de Pós-Graduação San Tiago Dantas e colaboradora no OPEU

Assistiu ao episódio “A ascensão econômica chinesa e as disputas geopolíticas com os EUA” (trailer abaixo), do programa Terra em Transe, com participação de Leonardo Ramos, professor de Relações Internacionais na PUC Minas Gerais e pesquisador do INCT-INEU. O programa abordou quais os impactos da expansão econômica e geopolítica da China e como esse fator impacta nas disputas hegemônicas com os EUA. O professor Leonardo Ramos é um dos organizadores, junto com Alexandre Leite e Javier Vadell, do livro A expansão econômica e geopolítica da China no século XXI (Editora PUC Minas, 2023)

 

FÁBIA MUNERON BUSATTO, mestranda pelo Programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e colaboradora do OPEU

Acompanhou a entrevista da candidata Kamala Harris ao NBC News, transmitida em 22 de outubro, na qual falou sobre seus planos para imigração, aborto e assistência médica para pessoas trans

Assistiu à videoconferência “BRICS +: São apenas não ocidentais ou se colocam contra o Ocidente?” (trailer abaixo), realizada por iniciativa do Centro de Estudos Globais e China PUC-Minas, na qual os debatedores comentaram a recente Cúpula dos BRICS e seus possíveis desdobramentos na política internacional

 

LAURO ACCIOLY FILHO, mestrando do Programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) e colaborador do OPEU

Acompanhando as notícias pelo podcast L’heure du Monde, especialmente, o episódio que aborda os reflexos das mudanças climáticas na Flórida e o julgamento do caso da vítima de estupro coletivo Gisèle Pelicot

Lendo Data Science do Zero: Noções Fundamentais com Python, de Joel Grus (Alta Books, 2016), um livro didático que explica o que são algoritmos e ferramentas de data science, assim como ensina a usá-las

Participou do V Seminário de Criptografia, Política e Direitos Fundamentais, apresentando o paper “Desinformação no Brasil: Telegram, Eleições e Segurança Democrática”

Assistindo, novamente, à segunda temporada de “The Politician” (trailer abaixo), uma série que narra o sonho do ambicioso estudante Payton Hobart (Ben Platt), que almeja ser presidente dos Estados Unidos. A segunda temporada explora sua jornada para conquistar uma cadeira no Senado

 

LUÍSA BARBOSA AZEVEDO, mestranda em Relações Internacionais pelo Programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais da UERJ e colaboradora do OPEU

Participou do 48º Encontro Nacional da ANPOCS, apresentando o paper “Das lutas anticoloniais ao integracionismo econômico e democrático: uma análise do Pan-Africanismo e da Agenda 2063”, em coautoria

 

VICTÓRIA LOUISE QUITO, mestranda em Relações Internacionais no Programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (IRI/PUC-Rio) e colaboradora do OPEU

Lendo O monte que escalamos, de Amanda Gorman (Intrínseca, 2024). O livro que eterniza no papel o discurso da poeta para a inauguração do governo do democrata Joe Biden em 2021 agora ajuda a pensar sobre a nova eleição presidencial americana: “como podemos encontrar luz nessa sombra sem fim?”

Lendo Corpos em aliança e a política das ruas – notas para uma teoria performativa de assembleia, de Judith Butler (Civilização Brasileira, 2018). Publicado originalmente em 2015, o livro traz importantes considerações da autora sobre a construção de “uma vida que vale a pena ser vivida”, partindo das alianças entre populações que têm em comum a experiência de precariedade (a maior exposição à violência, danos e morte). É essencial localizar a obra no período em que foi publicada – tanto nos Estados Unidos, quanto no Brasil –, uma vez que representa uma esperança que atualmente ganha novas camadas de complexidade. No contexto eleitoral norte-americano, por exemplo, observa-se que há grupos das mesmas comunidades securitizadas pelo discurso de Donald Trump, como os latinos, aumentando as chances de sua eleição – e esse é só um exemplo esdrúxulo do cenário geral. Ainda assim, o livro permanece significativo para a análise política das forças de mobilização contra a precariedade e para a valorização da interdependência das formas de vida humanas e não humanas?”

Assistiu ao filme “O Quarto ao Lado” (trailer abaixo), dirigido por Pedro Almodóvar. Apesar de boa parte dos filmes de Almodóvar ser ambientada em seu país natal, a Espanha, este se passa nos Estados Unidos, entre a movimentada cidade de Nova York e um bairro do interior, na Nova Inglaterra. As reflexões sobre a morte humana, presentes desde os primeiros minutos do filme, misturam-se com ponderações sobre o adoecer do planeta Terra – e tudo é feito com a sensibilidade particular do diretor de “Volver”. Chamo atenção para a mensagem contra o pessimismo e desespero com relação às mudanças climáticas, os quais podem ser imobilizantes, ou deprimentes. Esse longa pode, assim, ser uma boa forma de entendermos, na prática, o recado de Aílton Krenak sobre contar mais uma história como forma de adiar o fim do mundo. Isso faz especial sentido, se considerarmos que o cenário escolhido para localizar tal história seja um dos principais responsáveis pelo desastre climático que o mundo todo vivencia atualmente

 

LUIZA BUENOS MARTINS DE ASSIS, graduanda do curso de Relações Internacionais da Universidade Estadual Paulista (Unesp), pesquisadora do Latino Observatory e colaboradora do OPEU

Assistiu a “Casa en Tierra Ajena”, um documentário que relata a história da imigração da América Central para os Estados Unidos. Por meio de entrevistas e relatos históricos, a produção explora os sonhos, as jornadas, os desafios e os sofrimentos das pessoas que decidem imigrar

Assistiu a “Sal da Terra” (trailer abaixo), de 1954, dirigido por Herbert J. Biberman. O filme é baseado em uma greve de trabalhadores mexicano-americanos, ocorrida em 1951, por condições de trabalho semelhantes às dos trabalhadores brancos, ou “anglos”. A obra se concentra, especialmente, na atuação das mulheres no sindicato e na greve

 

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* Revisão e edição: Tatiana Teixeira. Este conteúdo não reflete, necessariamente, a opinião do OPEU, ou do INCT-INEU.

** Sobre o OPEU, ou para contribuir com artigos, entrar em contato com a editora do OPEU, Tatiana Teixeira, no e-mailtatianat19@hotmail.com. Sobre as nossas newsletters, para atendimento à imprensa, ou outros assuntos, entrar em contato com Tatiana Carlotti, no e-mailtcarlotti@gmail.com.

 

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