Crédito: Lucas Palermo

Por Tatiana Carlotti [Diálogos INEU]

Profª Thaís Lacerda (Fonte: Latino Observatory)

O uso político da imigração nos Estados Unidos e a manipulação do medo e da criminalização dos estrangeiros é um dos exemplos cabais do abismo entre a realidade dos fatos e a retórica supremacista estadunidense. É o que mostram os dados trazidos pela editora do Latino Observatory, a cientista social Thaís Lacerda, entrevistada por Neusa Maria Pereira Bojikian (Unicamp/INCT-INEU) no Diálogos INEU desta semana. Com seu empreendedorismo, em grande medida por força das próprias circunstâncias — desvantagens linguísticas, raciais e outras —, os imigrantes não apenas geram novos postos de trabalho para os Estados Unidos, criando empresas e oferecendo serviços, como injetam bilhões de dólares na economia estadunidense por meio dos impostos que pagam, explica Lacerda.

A pesquisadora avalia que políticas ainda mais restritivas à entrada dos imigrantes nos EUA podem ser catastróficas. Segundo as projeções, de 2023 a 2034, a força de trabalho imigrante contribuirá com US$ 7 bi para o PIB estadunidense, e US$ 1 bi, em receitas adicionais para o governo. E mais: sem eles, a posição dos EUA como potência global despencaria para o terceiro lugar. Um programa sobre dados e fatos que escancara a fragilidade da retórica preconceituosa contra os imigrantes nos EUA.

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Diálogos INEU é um programa de entrevistas com especialistas em Estados Unidos produzido pelo INCT-INEU, rede que agrega mais de 100 pesquisadores de diversas universidades do país. Os programas são transmitidos sempre às quintas, às 19h.

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