Membros do OPEU apresentam trabalhos no Congresso do Programa San Tiago Dantas
Crédito da arte: Natália Constantino
Por Tatiana Teixeira* [Divulgação]
Os integrantes da Equipe OPEU Luísa Azevedo e Lucas Barbosa apresentaram suas pesquisas sobre Estados Unidos no VI Congresso de Iniciação Científica do Programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais San Tiago Dantas, sob o lema “Produção científica e transformações no século XXI”. O evento aconteceu em São Paulo, de 7 a 11 de agosto de 2023. Ambos participaram sob minha orientação, na qualidade de professora colaboradora do Instituto de Relações Internacionais e Defesa (IRID/UFRJ).
Luísa expôs uma investigação em curso há mais de um ano e que será seu trabalho de conclusão de curso (TCC) no curso de Defesa e Gestão Estratégica do IRID/UFRJ, intitulado “O papel da África Subsaariana na Estratégia dos Estados Unidos no governo Obama (2009-2017)”. Já Lucas apresentou seu TCC “Trinta anos de crise: o embargo dos Estados Unidos a Cuba na Assembleia Geral das Nações Unidas”, defendido com sucesso e excelente avaliação no curso de Relações Internacionais, também no âmbito do IRID/UFRJ.
Confira abaixo o resumo de ambos os trabalhos:
* O PAPEL DA ÁFRICA SUBSAARIANA NA ESTRATÉGIA DOS ESTADOS UNIDOS NO GOVERNO OBAMA (2009-2017)
Autora: Luísa Barbosa Azevedo (UFRJ e INCT-INEU/OPEU)
A Política Externa dos Estados Unidos durante o governo Obama (2009-2017) é caracterizada por um reajuste estratégico com base no conceito ampliado de segurança, isto é, para além da área militar, expandindo-se para incluir temas relacionados com meio ambiente, democracia e economia. Nesse contexto, sua eleição trouxe um conjunto de expectativas quanto ao engajamento no continente africano, expressos na US Strategy Toward Sub-Saharan Africa, lançada em 2012. Composta por 48 países, a África Subsaariana compreende elementos estratégicos pela localização geográfica, possibilidades de desenvolvimento econômico, exploração de recursos naturais e representação multilateral em organizações internacionais. Esta pesquisa de natureza bibliográfica e documental, a partir do recorte geográfico usado pelo Departamento de Estado dos EUA, questiona se a África Subsaariana esteve presente na Política Externa de Obama e, em caso positivo, de que maneira essas relações se deram na estratégia global estadunidense. Assim, busca-se analisar a Política Externa dos EUA para a sub-região quanto ao seu engajamento estratégico e comercial, por meio de uma abordagem qualitativa de natureza analítica. Parte-se da hipótese de continuidade da aproximação estratégica com a sub-região iniciada em administrações anteriores, sendo uma política de governo. Como referencial teórico, foram usados teóricos e ideólogos dos EUA e da teoria construtivista, a partir de revisão bibliográfica e análise de discursos.
* TRINTA ANOS DE CRISE: O EMBARGO DOS ESTADOS UNIDOS A CUBA NA ASSEMBLEIA GERAL DAS NAÇÕES UNIDAS
Autor: Lucas Machado Barbosa (INCT-INEU/OPEU)
A política externa dos Estados Unidos para Cuba se sustenta há mais de 60 anos no embargo econômico imposto à ilha. Em debates da Assembleia Geral das Nações Unidas, a grande maioria dos Estados que compõem a organização manifesta sua reprovação às sanções estadunidenses. O posicionamento está alicerçado nas implicações socioeconômicas nocivas das medidas à população cubana e ao desenvolvimento do país, assim como no diagnóstico de incongruências destas ante dispositivos imprescindíveis do direito internacional. Entendendo-se que há uma crise de legitimidade em torno do embargo, a presente pesquisa busca responder a seguinte pergunta: por que, diante da frequente repreensão massiva da comunidade internacional nos últimos 30 anos, os Estados Unidos não revogam o bloqueio? Primeiramente, mediante revisão bibliográfica de Gelson Fonseca Jr. e Robert Cox, delimita-se os conceitos de legitimidade internacional e hegemonia, chaves interpretativas fundamentais deste trabalho. Em seguida, o percurso histórico da criação e continuidade do embargo é examinado, assim como suas principais características, efeitos e críticas. Por fim, explorando registros oficiais da Assembleia Geral e declarações da comunidade internacional acerca do embargo, formula-se a hipótese de que as sanções são mantidas, porque ainda são úteis para a manutenção do poder dos EUA.
* Luísa Azevedo é pesquisadora voluntária de Iniciação Científica do INCT-INEU/Opeu, pesquisadora do Núcleo de Avaliação da Conjuntura América do Norte & Central no Boletim Geocorrente – Periódico de Geopolítica e Oceanopolítica e graduanda de Defesa e Gestão Estratégica Internacional do Instituto de Relações Internacionais e Defesa (Irid/UFRJ).
Lucas Barbosa é pesquisador colaborador do INCT-INEU/OPEU e graduado em Relações Internacionais (IRID/UFRJ). Cobre a área de relações EUA-América Latina e administra a conta do OPEU no LinkedIn. Contato: lucasmabar@gmail.com.
** Para mais informações e outras solicitações, favor entrar em contato com a assessora de Imprensa do OPEU e do INCT-INEU, editora das Newsletters OPEU e Diálogos INEU e editora de conteúdo audiovisual: Tatiana Carlotti, tcarlotti@gmail.com.
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