(Arquivo) Treinamento em defesa nuclear, química, bio e radiológica na Base Aérea Elmendorf-Richardson, no Alasca, em 13 abr. 2016 (Crédito: Força Aérea dos EU/Justin Connaher/Flickr)

Por Yasmim Reis* [Documentos]

Em agosto de 2023, o Departamento de Defesa dos EUA (DOD) divulgou a nova revisão da postura de biodefesa (Biodefense Posture Review). Esse documento se caracteriza como o primeiro do gênero no setor, tendo sua primeira versão lançada em resposta à pandemia da covid-19. Assim, “desenvolveu-se orientações para alcançar as prioridades da Estratégia Nacional de Defesa e abordar ameaças biológicas, especialmente aquelas com consequências estratégicas para os militares dos EUA”.

A nova diretriz tem como premissa “a necessidade de os comandos e serviços combatentes melhorarem a prontidão por meio de treinamentos e exercícios para identificar e relatar deficiências de capacidade, auxiliando na priorização dos esforços de modernização do Departamento”. O relatório foi produzido em reação a rápida modernização dos laboratórios e ao possível cenário de ameaça biológica em 2025.

A nova edição do documento apresenta seis metas. As primeiras se referem a “avaliar totalmente o cenário de ameaças biológicas até 2025”. Além disso, evidencia a necessidade de “esclarecer missões, prioridades, papéis, autoridades e capacidades”, assim como o “posicionamento do DOD para enfrentar ameaçar futuras”.

Por fim, o relatório propõe para a criação de “uma nova estrutura de governança interna” do departamento e a “criação do Conselho de Biodefesa”. Também sinaliza “o desafio da cadeia de suprimentos em biodefesa”. De forma concisa, o DOD precisa se reestruturar frente as bioameaças.

* Yasmim Reis é mestranda no Programa de Pós-Graduação em Segurança Internacional e Defesa da Escola Superior de Guerra (PPGSID/ESG), pesquisadora colaboradora no Opeu e Vice-Líder e assistente de pesquisa voluntária no Laboratório de Simulações e Cenários na linha de pesquisa de Biodefesa e Segurança Alimentar (LSC/EGN). Contato: reisabril@gmail.com.

** Revisão e edição final: Tatiana Teixeira. Primeira versão recebida em 31 ago. 2023. Este Informe OPEU não reflete, necessariamente, a opinião do OPEU, ou do INCT-INEU.

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