EUA e o Resumo da Semana (de 8 a 15 ago. 2021)
Combatentes talibãs assumem o controle do palácio presidencial afegão, em Cabul, 15 ago. 2021, depois da fuga do presidente Ashraf Ghani para fora do país (Crédito: Zabi Karimi/AP)
Por Equipe Opeu*
Ciência e Tecnologia
Em uma entrevista coletiva na quarta-feira (11), cientistas da NASA, a Agência Espacial Americana, disseram que há entre 1 em 1.750 chances de um asteroide chamado Bennu, um pouco maior do que o prédio Empire State, colidir com a Terra entre agora e 2300. A hipótese de colisão é nula para o próximo século, mas, em 2135, Bennu chegará a cerca de 201.168 km, ou aproximadamente metade da distância da Terra à Lua.
Desde o governo de Donald Trump, os Estados Unidos pressionam o Brasil pela exclusão da empresa chinesa Huawei de seu sistema 5G. Pela primeira vez, entretanto, um funcionário do governo estadunidense declarou publicamente que a empresa enfrentará eventuais dificuldades logísticas que poderão afetar os consumidores brasileiros. Segundo o diretor sênior do Conselho de Segurança Nacional para o Hemisfério Ocidental, Juan González, em teleconferência com jornalistas brasileiros e argentinos na última segunda-feira (8/8), a Huawei pode enfrentar problemas com a escassez de chips.
O Facebook deixou que importantes funcionários e candidatos republicanos utilizassem suas tecnologias publicitárias para arrecadar dinheiro, associando os migrantes ao surto de infecções por coronavírus no sul dos Estados Unidos. O senador John Barrasso (R-WY) está entre aqueles que buscam doações, sugerindo que os imigrantes estão agravando a pandemia da covid-19. No ano passado, a rede social classificou uma afirmação semelhante como discurso de ódio.
Um novo projeto de lei do Senado visa às lojas de aplicativos dos Estados Unidos. A lei pretende controlar o poder de gigantes tecnológicos, como a Apple e o Google, proibindo restrições aos criadores de apps. A legislação bipartidária foi proposta pelos senadores Richard Blumenthal (D-CT), Amy Klobuchar (D-MN) e Marsha Blackburn (R-TN).
Na última terça-feira, dia 12, aconteceu o que foi considerado o maior roubo criptográfico da história. Hackers roubaram cerca de US$ 600 milhões em moeda criptográfica da plataforma financeira descentralizada Poly Network. Uma vulnerabilidade em seu sistema permitiu que o ladrão levasse os fundos.
Defesa e Segurança
Na segunda-feira, dia 9, o secretário da Defesa dos Estados Unidos, general Lloyd Austin, pediu a aprovação do presidente Joe Biden para que a vacina anticovid-19 se torne obrigatória para os membros do serviço militar. Devido ao aumento de casos da variante Delta, altamente transmissível, o chefe do Pentágono declarou: “Não hesitarei em agir mais cedo, ou recomendar um curso diferente ao presidente, se sentir a necessidade de fazer isso”. De acordo com o memorando enviado, há um prazo para que todos estejam vacinados até o meio de setembro. O presidente Biden manifestou apoio às medidas do general.
Pentágono quer vacina obrigatória: na foto, marine americano recebe vacina da Moderna no Camp Foster, em 28 abr. 2021, em Ginowan, no Japão (Crédito: Carl Court/Getty Images)
Perante o subcomitê do Comitê de Relações Exteriores do Senado, na terça-feira, dia 10, a vice-secretária adjunta de Defesa para a Política do Oriente Médio, Dana Stroul, testemunhou sobre a assistência de segurança dos Estados Unidos na região. Ela lidera o desenvolvimento da política e da estratégia do Departamento da Defesa (DoD) para Arábia Saudita, Autoridade Palestina, Bahrein, Catar, Egito, Emirados Árabes Unidos, Iêmen, Irã, Iraque, Israel, Jordânia, Kuwait, Líbano, Omã e Síria. Na audiência, destacou a proeminência da diplomacia, com a liderança do Departamento de Estado, e, no longo prazo, os “programas de cooperação em segurança” criados para “garantir o acesso dos EUA a áreas-chave”, entre outros pontos.
Economia e Finanças
Na terça-feira, dia 10, o Senado dos Estados Unidos aprovou um acordo bipartidário de infraestrutura de cerca de US$ 1 trilhão. A aprovação se deu com 69 votos a favor, incluindo 19 republicanos, e 30, contra. O acordo prevê investimentos em obras como pontes, estradas, rede elétrica, cobertura de Internet, sistema de distribuição de água e linhas ferroviárias. Parte do orçamento viria da realocação de verbas já aprovadas, como medidas de alívio da pandemia da covid-19 e auxílio de seguro-desemprego federal não utilizado. Os senadores e a Casa Branca esperam que o investimento gere grande número de novos empregos, com destaque para o setor de construção civil. Para Biden, esse movimento demonstrou que os partidos Democrata e Republicano podem trabalhar juntos, e que “o sistema bipartidário é uma coisa do passado”.
US$ 1 trilhão em infraestrutura: na foto, Estrada I-83 que leva à Ponte Sul, sobre o rio Susquehanna, na Pensilvânia, em 26 feb. 2021 (Crédito: Jimmie Brown/Penn Live)
Também nessa semana, o Bureau of Labor Statistics divulgou os números relativos à inflação do mês de julho. O ritmo da inflação de preços ao consumidor desacelerou um pouco em julho, mas os preços continuaram a subir. Os itens de bens e serviços de consumo subiram 0,5 em julho em relação ao mês anterior. Enquanto alguns preços, como o de carros usados, apresentaram queda, os preços de alimentos, energia e veículos novos se mantiveram em alta. Especialistas do Banco Central dos Estados Unidos (Fed, na sigla em inglês) acreditam que os aumentos de preços neste ano são uma consequência temporária da reabertura econômica e que a inflação cairá para sua meta de 2%.
Energia e Meio Ambiente
O presidente Joe Biden anunciou esforços no sentido de reduzir a emissão de gases de efeito estufa e fomentar políticas para aumento na produção de veículos movidos à energia elétrica. No dia 5, Biden divulgou novas regras visando à redução na poluição causada por veículos movidos a gasolina. Para tanto, restaurou e reforçou regulamentos da época do governo Barack Obama.
O plano é ambicioso e tem como meta garantir que metade de todos os veículos vendidos nos Estados Unidos seja elétrica, até 2030. As ações apresentadas pelo presidente têm ainda o objetivo de projetar os EUA para liderar o mercado de veículos elétricos, competindo com a China, que produz cerca de 70% das baterias de veículos no mundo.
Para alcançar essa meta, entretanto, o presidente precisará da aprovação no Congresso de US$ 174 bilhões para criar 500.000 estações de recarga. A medida também enfrenta a resistência de líderes trabalhistas e sindicalistas – pois a tecnologia é percebida como poupadora de mão de obra – e ceticismo de grupos ambientalistas.
Com base nos dados relatados aos Centros de Controle e Prevenção de Doenças de Oregon e Washington, o jornal The New York Times aponta número elevado e anormal de mortes verificado no último mês de junho, período em que os estados foram atingidos por uma forte onda de calor. O fenômeno, que assolou regiões de Oregon e Washington, pode ter causado a morte de cerca de 600 pessoas. Pesquisadores do clima afirmam que o fenômeno é motivado pela ação antrópica.
O Departamento de Energia (DOE) anunciou, no dia 11, US$ 45 milhões para fomentar projetos voltados para a disseminação de fontes de energia limpa. Tais medidas têm como mote a meta do governo Biden de descarbonizar o setor de energia até 2035. Os projetos compõem o programa de financiamento da Incubadora de Hardware e Integração de Sistemas do Escritório de Tecnologias de Energia Solar do DOE, do Escritório de Eficiência Energética e Energia Renovável (EERE). Todas essas ações e projetos corroboram o objetivo do EERE de buscar soluções para a transição rumo a uma economia limpa até, no máximo, 2050, garantindo “bons empregos”, sobretudo para as comunidades mais afetadas pela transição energética.
Oriente Médio
O grupo Talibã retomou o poder no Afeganistão (foto de capa) em um processo muito veloz que surpreendeu as agências de Inteligência dos Estados Unidos e culminou com cenas de caos no aeroporto de Cabul, enquanto multidões tentavam embarcar em aviões para deixar o país. Essa deterioração pode ser observada quando recapitulamos os eventos ocorridos durante essa semana.
Ainda no domingo, 8/8, o representante especial dos EUA para a reconciliação no Afeganistão, embaixador Zalmay Khalilzad (foto), viajou para Doha, no Catar, onde o Talibã mantém um escritório político, com a intenção de auxiliar na formulação de uma resposta internacional para a “rápida deterioração” deste país e negociar uma solução política para a crise. No dia 9/8, o escritório do porta-voz do Departamento de Estado dos EUA emitiu uma nota, explicando que o enviado de paz americano participaria de uma rodada de reuniões com representantes dos países da região e de outros continentes para firmarem um acordo de não reconhecimento de um governo tomado pela força. Também na pauta, constava pressionar os talibãs para porem fim a sua ofensiva militar, substituindo-a por negociações políticas.
Enviado especial dos EUA para o Afeganistão, Zalmay Khalilzad, chega ao Afeganistão para conversas de paz afegãs, em Doha, Catar, em 12 ago. 2021 (Crédito: Hussein Sayed/Reuters)
No dia 9/8, o porta-voz do Pentágono, John F. Kirby, afirmou que o secretário da Defesa, Lloyd J. Austin III, acreditava, até então, que as forças afegãs “têm a capacidade de fazer uma grande diferença no campo de batalha” e conduzir o combate contra os talibãs e que as forças estadunidenses continuariam a apoiá-los “com a autoridade onde e quando for viável”, por exemplo, com ataques aéreos. O secretário de Imprensa disse ainda que os EUA continuavam a conversar com as lideranças do Paquistão, onde o grupo Talibã também atua, para que elas fechassem os “paraísos seguros” ao longo da fronteira entre este país e o Afeganistão.
No dia 10/8, Kirby fazia uma declaração que revelava a vontade política do governo Biden em não se responsabilizar pelos desdobramentos políticos no Afeganistão. Questionado, o secretário de imprensa do Pentágono deslocou a atribuição para o governo do Afeganistão: “Não vou avaliar diariamente o progresso do Afeganistão, tratando de […] suas responsabilidades de defender seu país e seu povo. Isso é assunto para eles falarem. O que posso dizer é que continuaremos a apoiá-los onde e quando for viável…”.
Na quarta-feira, 11/8, autoridades do Pentágono declararam que a situação de segurança no Afeganistão se deteriorava. Havia indicações de que mais capitais provinciais caíram sob domínio talibã, e Mazar-i Sharif, uma das principais no norte do país, estava sob ataque do grupo. Diante dessa situação, o secretário de Imprensa do Pentágono, John F. Kirby, afirmou que: “Nosso foco, neste momento, permanece em apoiar as forças afegãs no campo, onde e quando for viável do ar, bem como completar nossa retirada de forma segura e ordenada”. Apesar da situação dramática, Kirby reiterou se tratar, sobretudo, de uma responsabilidade afegã, tendo os Estados Unidos o papel de apoio em logística e ataques aéreos. Enquanto isso, frisou, o processo de paz entre o governo do Afeganistão e representantes dos talibãs continuaria.
Ainda na quarta-feira, a secretária de Imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, teceu algumas considerações sobre o Afeganistão e sobre as intenções americanas em relação à Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), liderada pela Arábia Saudita. Psaki afirmou que os EUA continuarão financiando as forças militares afegãs, como nos últimos 20 anos. Em relação à situação da OPEP, um jornalista perguntou a Psaki sobre como a Arábia Saudita respondeu à pressão dos EUA para que a organização produzisse mais petróleo. A secretária de imprensa não deu uma resposta direta, mas ressaltou que o governo americano tomaria medidas “prudentes” para “manter os preços do gás baixos para o público americano”.
Na quinta-feira, 12/8, o porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price, anunciou a redução da equipe de civis na embaixada americana em Cabul, capital do Afeganistão. Price relatou que o secretário de Estado, Antony Blinken, e o da Defesa, general Austin, conversaram com o presidente do Afeganistão, Ashraf Ghani, nesta mesma manhã. De acordo com Ned, eles se empenharam em coordenar uma ação que permitisse o envio temporário de uma equipe adicional para o aeroporto internacional de Hamid Karzai. Já Kirby destacou que o presidente Joe Biden também requereu a aceleração dos processos para Visto de Imigrante Especial.
Na sexta-feira, 13/8, Blinken conversou com o vice-primeiro-ministro e ministro das Relações Exteriores do Cazaquistão, Mukhtar Tleuberdi, para discutir a situação do Afeganistão. Como anunciado por Price, os oficiais trataram dos planos dos EUA para a redução da presença de seus civis em Cabul, e o secretário de Estado disse a Tleuberdi que o governo Biden pretende “manter uma forte relação diplomática e de segurança com o governo do Afeganistão”. Neste mesmo dia, o governo afegão perdeu o controle da capital da província de Uruzgan, Tarin Kot. Um jornalista local disse à emissora CNN que o gabinete do governador, a sede da polícia e a prisão central estavam agora nas mãos dos talibãs.
No sábado, 14/8, o secretário de Estado americano esteve em contato com o presidente do Afeganistão, Ashraf Ghani. Segundo o porta-voz do Departamento, eles trataram da urgência da situação do Afeganistão e do imperativo da mobilização de esforços diplomáticos. Ressaltou-se também a necessidade de os EUA reafirmarem seu compromisso em manter uma relação diplomática e de segurança forte com o governo afegão e de oferecerem suporte ao povo deste país.
Antes do caos: presidente afegão, Ashraf Ghani, recebe secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, no Palácio Presidencial em Cabul, em 15 abr. 2021 (Crédito: Palácio Presidencial via AFP)
Política Doméstica
O presidente Joe Biden continua a apontar novas nomeações de juízes, tornando-se o presidente com o maior número de nomeações, durante o primeiro ano de mandato, em 40 anos. As nomeações são mais voltadas para a diversidade, com a inclusão de juízes negros e latinos.
No dia 12, a Suprema Corte americana bloqueou parte da moratória que proíbe o despejo de inquilinos com aluguel atrasado durante o período da pandemia. A data de expiração da moratória, criada ao final de 2020, havia sido expandida diversas vezes pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDCs), com o apoio da Casa Branca, apesar de uma prévia decisão da Suprema Corte que julgava a organização como não detentora de tal autorização. A nova decisão, ainda não assinada, impede que os locatários evitem o despejo utilizando apenas o registro de um formulário alegando dificuldades financeiras como consequências da pandemia. Assim, locatários e senhorios poderão entrar na Justiça para exigir a apresentação de provas.
Política Externa
Na segunda-feira (9/8), em declaração oficial, o presidente Joe Biden anunciou o incremento das sanções impostas a Belarus. As medidas atingem diversos setores, entre eles, o Comitê Olímpico Bielorrusso e a Belaruskali (OAO), uma das maiores empresas estatais do país. Biden afirma se tratar de uma resposta à repressão aos protestos. As manifestações questionam a lisura da eleição do ano passado, que manteve Alexander Lukashenko no poder. O presidente bielorrusso negou a existência de repressão em Belarus, acusando os EUA de incitarem a “ilegalidade” em diversas partes do mundo.
No dia 10/8, o Departamento de Estado americano anunciou o envio de US$ 50 milhões em ajuda humanitária para o povo de Mianmar, bem como de US$ 5 milhões para o combate à covid-19 na Tailândia. No caso de Mianmar, o país se encontra mergulhado em uma grave crise desde o golpe de Estado dado no início do ano pela junta militar agora no poder, em meio à brutal repressão aos protestos contra o novo regime. Na Tailândia, diversos protestos criticam a gestão da pandemia por parte do primeiro-ministro, Prayuth Chan-ocha.
Manifestantes protestam contra golpe da junta militar em Mianmar, no distrito de Pabedan, em Yangon, em 30 abr. 2021 (Crédito: Vincent Thian/AP)
Na quarta-feira (11/8), Biden anunciou uma cúpula pela democracia, a ocorrer virtualmente em 9 e 10 de dezembro deste ano. O evento pretende reunir atores públicos e privados de diversos países democráticos, e tratar dos desafios enfrentados pelas democracias, como a defesa dos direitos humanos e a luta contra a corrupção e o autoritarismo. Biden busca retomar o papel dos Estados Unidos como defensor da democracia em nível mundial, perspectiva desgastada durante o governo do ex-presidente Donald Trump.
Relações Transatlânticas
No dia 11/8, o secretário de Estado, Antony Blinken, afirmou que os EUA estão “profundamente preocupados” com lei aprovada pelo Parlamento da Polônia que restringe a recuperação de imóveis confiscados durante a Segunda Guerra Mundial ou, segundo ele, durante “a era comunista da Polônia”, por parte dos sobreviventes do Holocausto e de suas famílias, assim como por proprietários judeus e não judeus. A preocupação se estende ao projeto de lei aprovado neste dia pela Câmara Baixa do Parlamento polonês, “que tem como alvo a estação de notícias independente mais assistida, que também é um dos maiores investimentos americanos no país”. As duas legislações vão de encontro a temas sensíveis para a política externa americana, e os EUA pretendem garantir seus interesses, reafirmando o desejo de manter a Polônia como uma forte aliada na Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e nas relações transatlânticas.
Saúde
Os conselheiros para vacinas dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDCs) votaram, por unanimidade, no dia 13, pela recomendação de uma dose extra de vacina anticovid-19 para algumas pessoas imunodeprimidas. A agência que regula o setor de alimentos e medicamentos no país, a FDA (na sigla em inglês), deu autorização de uso emergencial na quinta-feira à noite para uma terceira dose em certos pacientes que apresentaram resposta imunológica fraca a duas doses de Pfizer, ou da vacina da Moderna. As doses de reforço da vacina contra o coronavírus ainda não são, porém, recomendadas para o público em geral. O Advisory Committee on Immunization (ACIP) disse que deveria ser deixado aos pacientes e médicos a decisão sobre quem precisa de uma dose extra e qual deve ser o momento em que essa dose deve ser tomada.
À medida que os casos provocados pela variante Delta aumentam, alguns especialistas se preocupam com a possibilidade de estarmos entrando no momento mais perigoso da pandemia para as crianças. Médicos da linha da frente sugerem que as crianças estão sendo hospitalizadas a taxas mais elevadas e com doenças mais graves. A situação é mais grave em uma faixa de estados, com baixa taxa de imunização, que se estende da Flórida, Carolina do Sul e Texas, até Indiana e Missouri. Por isso, debates políticos sobre a obrigatoriedade do uso de máscara e vacinas voltaram à tona, e os planos de reabertura de escolas estão sendo repensados.
Sociedade
Na sexta-feira (6), Joe Biden estendeu o congelamento das contas de empréstimo estudantil até 31 de janeiro. Ainda assim, legisladores do Partido Democrata e ativistas pressionam Biden para evitar que 43 milhões de estudantes precisem retomar os pagamentos em janeiro. Esses grupos apoiam a ação executiva para eliminar grande parte do US$ 1,6 trilhão em dívidas estudantis federais. A eliminação dessa dívida é, no entanto, altamente improvável, tendo em vista o apoio apenas parcial dos democratas e a oposição total dos republicanos.
Secretário americano da Educação, Miguel Cardona, anuncia congelamento de dívida estudantil, em entrevista coletiva na Casa Branca, em 5 ago. 2021 (Crédito: Susan Walsh/AP)
No dia 10, o governador de Nova York, Andrew Cuomo (D-NY), renunciou ao cargo, após a divulgação de um relatório, confirmando que ele assediou 11 mulheres, entre atuais e ex-funcionárias do governo. Com a renúncia, ainda não está claro se as investigações para o processo de impeachment irão adiante. Quem assumirá o governo daqui a duas semanas será sua vice, Kathy Hochul (D-NY), a primeira governadora do estado.
No dia 11, o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) criticou o governo dos Estados Unidos por enviar migrantes da América Central para a fronteira entre México e Guatemala, sob a política Title 42, utilizada para expulsar imigrantes e solicitantes de refúgio com a justificativa de prevenir surtos de covid-19. O Acnur apelou, novamente, para que Biden revogue a política.
Um número recorde de migrantes cruzou a fronteira em direção aos EUA em julho. De acordo com os dados divulgados pela agência de Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA (CBP) no dia 12, as autoridades pararam migrantes mais de 212.000 vezes, o maior número em mais de 20 anos.
Primeira revisão: Rafael Seabra. Edição e revisão final: Tatiana Teixeira.
Assessora de Imprensa do OPEU e do INCT-INEU, editora das Newsletters OPEU e Diálogos INEU e editora de conteúdo audiovisual: Tatiana Carlotti. Contato: tcarlotti@gmail.com.
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