Hillary Clinton teve que deixar às pressas um evento em memória aos quinze anos dos ataques de 11 de setembro, no último domingo. Horas depois, um vídeo publicado no Twitter por Zdenek Gazda, um imigrante tcheco e apoiador de Clinton, mostra a candidata democrata sendo carregada pelos braços por assessores e entrando com dificuldade em um veículo de sua comitiva. No final da noite, membros da campanha de Clinton divulgaram que ela havia sido diagnosticada com sintomas de pneumonia na sexta-feira, dia 9, mas optou por não divulgar a informação. Uma viagem da candidata à Califórnia, no dia 12, também foi cancelada. O incidente e a maneira como Clinton escondeu o diagnóstico tem alimentado acusações republicanas sobre o verdadeiro estado de saúde da candidata. A campanha de Donald Trump tem alegado que tosses recorrentes em aparições públicas indicam que Clinton estaria doente. Em 2012, a então secretária de Estado também sofreu uma concussão na cabeça devido a uma queda, o que tem sido lembrado frequentemente por críticos republicanos. No entanto, Trump divulgou muito pouco sobre sua própria saúde. O candidato republicano disse que apresentaria seus exames médicos na quinta-feira, 15, em um programa de televisão, mas desistiu da estratégia. Trump, 70 anos, e Clinton, 68 anos, são a dupla mais velha de candidatos a concorrer à presidência dos EUA. Analistas também apontam que a polêmica pode prejudicar Clinton de outra maneira. Pesquisas mostram que quase 70% da opinião pública consideram Clinton desonesta ou não confiável. Esconder informações sobre sua saúde reforçará essa desconfiança.