Câmara e Senado debatem orçamento para outubro

O líder da maioria no Senado, Mitch McConnell (R-KY), enviou um proposta de orçamento de curto prazo para negociação com a minoria democrata na Casa. O projeto de resolução contínua, como esse tipo de legislação é conhecida, estenderia a autorização de gastos do governo até 9 de dezembro, um mês após as eleições. Caso o projeto ou outro similar não seja aprovado, o governo ficará sem recursos para funcionar a partir de 1o. de outubro, quando expira a atual autorização orçamentária. O líder da minoria no Senado, Harry Reid (D-NV), reclamou da demora no envio do projeto e do que considera uso indevido do orçamento para vinculação de pautas republicanas. Um dos itens de consenso entre os dois partidos, por exemplo, é a criação de um fundo para combate ao vírus zika. Republicanos, no entanto, querem incluir uma provisão que limite o funcionamento das clínicas de saúde do programa Planned Parenthood, pois as mesmas disponibilizam procedimentos de aborto. Mesmo se aprovada no Senado, a discussão sobre orçamento deve continuar na Câmara. O porta-voz da Casa, Paul Ryan (R-WI), já declarou que não aprovará um grande acordo orçamentário para todo o ano fiscal de 2017. A estratégia dos republicanos é aprovar autorizações orçamentárias de curto prazo após as eleições e deixar que o novo Congresso discuta os gastos do governo a partir de janeiro. O representante Steny Hoyer (D-MD), líder da bancada democrata na Câmara, já declarou oposição à estratégia e a preferência do partido por um amplo acordo orçamentário, com vigência até outubro de 2017.

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