Acordo frágil entre Rússia e EUA suspende ataques na Síria
Rússia e EUA chegaram a um acordo, no dia 10, para interromper temporariamente a violência na Síria. Essa é a segunda tentativa entre os países, depois de fracassado o primeiro acerto em fevereiro. A iniciativa envolve um plano de sete dias, durante os quais haverá cessar-fogo entre as forças que apoiam e combatem o regime sírio. Os russos se comprometeram a suspender os bombardeios contra áreas ocupadas por grupos de oposição, enquanto os EUA tentam convencer os combatentes anti-governistas a se separar do Nusra Front. A interrupção também será usada para o provimento de ajuda humanitária a cidades sitiadas, principalmente a Aleppo. O plano prevê que o governo sírio poderá retomar as missões aéreas em locais a ser definidos posteriormente. Caso o plano funcione, os dois países planejam estabelecer um centro de compartilhamento de inteligência. EUA e Rússia apoiam lados diferentes na guerra, mas têm como alvo comum grupos como o Nusra Front, que agora se chama Jabhat Fatah al-Sham. Outro inimigo comum é o Estado Islâmico. O problema para as potências é identificar os grupos e agentes terroristas entre todas as facções envolvidas no conflito sírio. Os EUA, por exemplo, acusam a Rússia de atacar indiscriminadamente as forças de oposição ao presidente Bashar al-Assad com a desculpa de atingir os terroristas. Já a Rússia argumenta que o apoio dos EUA aos rebeldes sírios acaba protegendo os terroristas. Segundo a imprensa nos EUA, o Pentágono e a Casa Branca têm dúvidas sobre a eficácia do acordo. A negociação seria mais um esforço do Departamento de Estado, especialmente do secretário John Kerry, do que do governo Obama como um todo.