Suspensão de fusões na saúde ameaça Obamacare
Os pregões estaduais para planos de saúde criados pela Obamacare vêm apresentando dificuldades crescentes. O mecanismo é a principal maneira para disponibilizar cobertura de saúde com preços acessíveis para a população. No entanto, as operadoras dos planos argumentam que os produtos oferecidos nos pregões não são viáveis financeiramente. Em abril, a UnitedHealthcare anunciou que retiraria seus planos da maioria dos pregões estaduais. Outras duas operadoras estão vinculando a permanência nos programas à autorização de fusões pelo Departamento de Justiça. Em 21 de julho, o Departamento de Justiça abriu dois processos contra a fusão das operadoras Aetna e Humana, e entre a Anthem e a Cigna. A Anthem já declarou publicamente que, caso a fusão seja aprovada, novas operações provavelmente começarão em nove estados. Já a Aetna adotou outra estratégia. No dia 15, a empresa anunciou que encerrará operações em 11 dos 15 estados em que participa de pregões. A medida já tinha sido comunicada ao Departamento de Justiça em carta no dia 5 julho. A saída dos pregões e a divulgação do documento, no dia 17, dão a entender que a empresa já pressionava o governo a não questionar judicialmente a fusão. A empresa se defendeu publicamente divulgando dados de prejuízos de US$ 200 milhões no último trimestre nos planos do Obamacare, e de expectativa de perdas de US$ 300 milhões em 2016. A fusão com a Humana permitiria ganhos de escala e possível expansão para cinco novos estados. O Departamento de Justiça alega que a redução da competição prejudicará consumidores, empregados e provedores de saúde.