Energia e Meio Ambiente

Gás ganha mercado asiático com extensão no Canal do Panamá

Empresas que exploram gás nos EUA estão comemorando a ampliação do Canal do Panamá. Inaugurada em junho, a nova linha do canal possibilita a navegação de grandes cargueiros de gás liquefeito. Quando os EUA começarem a exportar gás para a Ásia, a rota pelo Panamá encurtará a viagem em 11 dias e em um terço do custo. Hoje, as alternativas de navegação seriam pelo Cabo da Boa Esperança, ao sul da África, ou pelo Canal de Suez, no Egito. Mais da metade dos contratos para fornecimento de gás nos próximos 3 anos já está assinada com compradores no Japão, Coreia do Sul, Índia e Singapura. A expectativa do Departamento de Energia é que aproximadamente 550 cargueiros cruzem o Canal do Panamá anualmente a partir de 2021, quando os EUA contarão com quatro novos portos de liquefação. O único porto existente foi inaugurado na Louisiana, em fevereiro, mas outros são necessários para atender à demanda asiática. A extensão do canal ocorreu poucos meses depois do Departamento suspender a regra que proibia exportação de gás para países que não tivessem acordo de livre comércio com os EUA. O objetivo do país é se tornar o terceiro maior exportador de gás no mundo na próxima década, atrás da Austrália e do Catar, e transformar o gás em commodity global. Gás natural ainda não é considerado commodity devido a dificuldades e custos de transporte marítimo. Enquanto o setor petrolífero comemora, outros segmentos econômicos temem que as exportações aumentem o custo da energia nos EUA. A abundância de gás doméstico nos últimos anos resultou em queda nos preço da eletricidade, ajudando a competitividade das indústrias no país.

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