Autoridades dos EUA são acusadas de conspiração na Turquia

Um advogado turco abriu, no dia 2, uma queixa criminal em seu país contra funcionários de alto escalão dos EUA por suposto envolvimento na tentativa de golpe na Turquia. A acusação ainda precisa ser aceita pelos procuradores, mas reflete a opinião de parte da mídia turca. Os envolvidos seriam o general Joseph Dunford, chefe do Estado Maior, o general Joseph Votel, comandante superior no Oriente Médio, e o diretor de Inteligência Nacional, James Clapper. Eles teriam conspirado com dissidentes do Exército turco a partir da base dos EUA em Incirlik, de onde saem os combates contra o Estado Islâmico. Durante a crise, o governo turco chegou a cortar a energia do local, dificultando as atividades do Pentágono. A base voltou a ser cercada por forças turcas há dois dias, indicando outra insurreição ou uma demonstração de autoridade do governo turco frente ao aliado. As relações entre os dois países enfrentam um teste de resistência. A primeira razão seria a decisão dos EUA em não extraditar o clérigo Fethullah Gülen, acusado por Ancara de tramar o golpe a partir da Pensilvânia. O presidente Tayyip Erdogan chegou a dizer que as relações com os EUA poderão ser rompidas caso Gülen não seja entregue. O presidente Barack Obama afirmou que a extradição depende de provas concretas e procedimentos legais. O segundo motivo seria a relutância da Casa Branca em apoiar a reação turca. Obama disse que entende a gravidade da situação, mas alertou contra a repressão no pós-golpe. Erdogan tem insistido que o golpe contou com ajuda de países considerados amigos até então. A mídia especula que as insinuações seriam direcionadas aos EUA e à Alemanha.

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