Israel e EUA preparam acordo militar inédito

Israel e EUA esperam fechar, até setembro, o maior acordo militar já realizado entre os dois países. O acerto elevará a ajuda militar dos EUA a Israel, passando de US$ 3,1 bilhões anuais para US$ 5 bilhões. Os novos termos valerão por 10 anos a partir de 2018, quando termina o acordo atual. As negociações começaram há mais de um ano sob a alegação israelense de que o acordo nuclear com o Irã aumentou a insegurança de Israel no Oriente Médio. A administração Obama parece concordar com o pedido, principalmente porque a questão é bem recebida no Congresso. Mas alguns obstáculos precisam ser removidos. O maior deles é a cláusula que permite a Israel gastar 26% da ajuda dos EUA com pesquisa e aquisição de equipamentos bélicos domésticos. Nenhum outro país que tenha acordo militar com os EUA tem essa permissão. Outra vantagem exclusiva de Israel é usar parte da ajuda financeira na compra de combustível para defesa. Esses benefícios foram estabelecidos na década de 1980 para alavancar a indústria de defesa israelense, mas o subsídio já não se justificaria nos tempos atuais. O governo Obama também exige que Israel se comprometa a não pedir ajuda adicional, como tem sido usual para o sistema antimíssil Iron Dome. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, tentou arrastar as negociações na esperança de finalizá-las no eventual governo de Hillary Clinton, que tem postura ainda mais favorável a Israel. Mas o crescimento de Donald Trump nas pesquisas, que se diz contrário a aumentar gastos com aliados, obrigaram Netanyahu a rever o plano.

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