Alistamento militar feminino gera debate no Congresso
A obrigatoriedade de alistamento militar para mulheres tem dividido opiniões em ambos os partidos. Senado e Câmara deverão votar, na próxima semana, as respectivas versões para a Lei de Autorização para Defesa Nacional de 2017 (NDAA, na sigla em inglês) com a inclusão do alistamento feminino obrigatório. Para alguns congressistas é uma questão de igualdade de gênero. O representante Steny Hoyer (D-MD) disse que caso o alistamento obrigatório continue válido no país e as mulheres sigam integrando as forças de combate é natural que sejam enquadradas na regra. Essa também é a opinião do veterano de guerra e senador, John McCain (R-AZ). Ao contrário de Hoyer e McCain, que são a favor da conscrição militar para homens e mulheres, Peter DeFazio (D-OR) entende que obrigar mulheres ao alistamento dobrará o número de pessoas punidas pelo governo com uma prática anacrônica. DeFazio defende o fim da obrigatoriedade inclusive para os homens. Diante da polêmica, os políticos vêm propondo as mais diversas emendas às versões da NDAA. O serviço militar nos EUA é voluntário desde o fim da Guerra do Vietnã, mas o alistamento nunca foi formalmente abolido. Homens entre 18 e 25 anos devem se registrar no Sistema de Serviço Seletivo sob a pena de perder direitos, como o financiamento universitário. As mulheres integram as Forças Armadas há muitas décadas, mas sua presença em missões de combate era vetada. Essa restrição foi extraoficialmente superada com a atuação feminina em algumas frentes de batalha no Iraque e no Afeganistão. Em 2015, o Departamento de Defesa cancelou formalmente todas as barreiras de gênero para missões de combate.