Frieza marca visita de Obama à Arábia Saudita

A visita do presidente Barack Obama a Riad, no dia 20 de março, mostrou o desgaste entre EUA e Arábia Saudita. Obama foi recebido no aeroporto pelo governador, e não pelo rei Salman bin Abdulaziz, um gesto visto pela mídia como representativo da tensão. A chegada também não teve destaque na televisão estatal, que preferiu mostrar a recepção do rei a líderes da região, ocorrida simultaneamente em uma base aérea. O descontentamento da monarquia com o presidente não é recente, já tendo ficado explícito na Primavera Árabe. Na época, a elite saudita considerou a falta de apoio dos EUA ao ex-presidente egípcio, Hosni Mubarak, uma traição a toda região. A desconfiança cresceu com a reaproximação de EUA e Irã, e a opção da Casa Branca por não bombardear as forças governistas na Síria. No encontro de apenas duas horas com o rei, Obama condenou a violação de direitos humanos e a severidade das penas aplicadas pelo sistema legal saudita. O presidente também criticou a preferência da Arábia Saudita pelo uso da força contra o terrorismo em detrimento de diplomacia regional. Seguindo nessa linha, Obama disse que os sauditas devem mudar a postura em relação ao Irã e depender menos dos EUA para segurança. O esfriamento das relações também aumentou devido a dois fatos recentes. O primeiro foi uma entrevista recente de Obama à revista The Atlantic, na qual o presidente responsabiliza a Arábia Saudita e outros países árabes por fomentar um radicalismo teológico que geraria o terrorismo. O segundo é um projeto de lei bipartidário que propõe a divulgação de um relatório sigiloso sobre o 11 de setembro. O documento contém informações sobre o possível envolvimento de autoridades sauditas nos ataques.

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