Coalizão ambientalista exige regras para o lixo de fracking
A Agência de Proteção Ambiental está sendo processada por uma coalizão de grupos ambientalistas. A ação, aberta no dia 4, exige padrões para transporte, armazenagem e descarte do lixo derivado de fracking. Como as leis de mineração no país têm mais de 30 anos, as normas são inadequadas para prevenir os efeitos ambientais da técnica. A fratura hidráulica é aplicada na extração de petróleo e gás de xisto. Desde o fim dos anos 1990, quando começou a ser usada em larga escala, o país gerou bilhões de galões em lixo tóxico. Para que o procedimento rompa a rocha e libere os hidrocarbonetos são injetados água e produtos químicos como arsênio, rádio e benzeno no subsolo. As empresas chegam a usar 4 milhões de galões de água e mais de 500 aditivos químicos em único poço. Parte desse composto é recuperada, transportada e armazenada em poços fechados. Uma parcela do material usado passa por um processo de limpeza e é reaproveitada. O resíduo descartável, com alta salinidade, radiação e toxicidade, é reinserido no subsolo ou jogado em campos e estradas. Um estudo da US Geological Survey constatou aumento nas atividades sísmicas nos estados de Oklahoma, Texas e Kansas devido a perfuração de poços e descarte do lixo. A situação é tão grave que o risco de grandes terremotos em Kansas e Oklahoma já é igual ao da Califórnia. Entre 1973 e 2008, a região central dos EUA tinha em média 24 terremotos de magnitude superior a 3.0. A frequência subiu para 688 em 2014. A EPA ainda não se manifestou sobre a ação, mas sua capacidade de resposta é muito limitada. A maioria das normas compete aos estados e mudá-las dependeria de aprovação do Congresso, o que será improvável no curto prazo.