Sanders propõe proibição da técnica de fracking nos EUA
O pré-candidato democrata, Bernie Sanders, defendeu o banimento da técnica de fratura hidráulica nos EUA. O argumento foi apresentado, na semana passada, antes das importantes primárias de Nova Iorque. Em junho de 2015, o governo do estado proibiu o uso da técnica para exploração de petróleo e gás, depois de consultar especialistas e a população. Pesquisas da época indicaram que 55% dos moradores eram a favor da proibição, contra apenas 25% favoráveis. Nova Iorque seguiu o exemplo de Vermont, primeiro estado a vetar a tecnologia, mesmo sem ter reservas de gás. Sanders, que é senador por Vermont, pretende cativar eleitores progressistas sugerindo que outros estados sigam o banimento. Mas o principal objetivo é fragilizar sua concorrente, Hillary Clinton, ex-senadora por Nova Iorque. Clinton não é apoiadora incondicional da técnica, uma vez que defende mais regulação do procedimento. A democrata também advoga que municípios e estados tenham ampla autonomia sobre a aplicação ou não da tecnologia. Sua postura, no entanto, passa longe de proibir o método, considerado perigoso para a saúde humana e o meio ambiente. Para Bill McKibben, um dos mais conhecidos ambientalistas nos EUA, os efeitos negativos do fracking incluem contaminação química do subsolo, consumo gigantesco de água, abalos sísmicos e aumento da poluição por emissão de metano. Em contrapartida, ganhos econômicos imediatos favorecem as explorações. O procedimento usado para liberar gás e petróleo de formações rochosas foi responsável pelo crescimento da produção doméstica desses recursos nos últimos anos. O quadro de mais oferta nos EUA contribuiu para a queda do preço mundial do petróleo.