Dias antes da visita histórica do presidente Barack Obama a Cuba, no dia 20, os EUA anunciaram o fim de algumas restrições comerciais, financeiras e de turismo. Divulgadas no dia 15, as medidas representam o enfraquecimento do embargo comercial e permitem ao país latino mais acesso à economia global. Cidadãos dos EUA terão permissão de visitar Cuba para fins educacionais. Esse tipo de turismo já vinha sendo autorizado pelo governo Obama para excursões. Com o fim das restrições, as visitas poderão ser feitas em bases individuais, desde que incluam passeios culturais e sejam relatadas em um formulário. Outra mudança importante é permitir que instituições financeiras nos EUA processem transações entre Cuba e outros países. Cidadãos cubanos não imigrantes que realizem serviços para empresas nos EUA poderão abrir contas bancárias e transferir o dinheiro para Cuba. O Escritório de Indústria e Segurança do Departamento de Comércio emitirá eventuais licenças para venda de itens que possam facilitar a exportação de produtos produzidos pelo setor privado cubano. O órgão também autorizará a importação de softwares produzidos na ilha. Além disso, o Departamento do Tesouro expandirá as autorizações para a presença física em Cuba de entidades com fins humanitários e educacionais. Atividades comerciais em Cuba serão estendidas do setor de telecomunicação para o de transporte de carga e documentos. O comércio pleno, no entanto, só será retomado quando o Congresso dos EUA aprovar o fim total do embargo, ação que ainda enfrenta resistência republicana.