Orçamento gera controvérsias no Partido Republicano

Discussões sobre o orçamento para o ano fiscal 2017, que começa em 1o. de outubro de 2016, estão gerando tensões dentro do Partido Republicano. O acordo orçamentário negociado com a Casa Branca no ano passado permitiu aumento de gastos do governo, chegando ao teto de cerca de US$ 1 trilhão. A ala mais conservadora do partido foi contra o aumento e agora defende a redução de gastos com cortes em programas mandatórios de assistência social. Para isso, pressionam a liderança republicana na Câmara, ameaçando não aprovar o orçamento caso não haja inclusão de reformas nos programas mandatórios ou um projeto de lei específico para esse fim ainda este ano. Por outro lado, congressistas republicanos ligados ao setor de Defesa pressionam o porta-voz da Câmara, Paul Ryan (R-WI), por aumento dos gastos militares. Um orçamento equilibrado, proposto na semana passada por Tom Price (R-GA), presidente do Comitê de Orçamento na Casa, não foi aprovado. Por sua vez, o líder da maioria do Senado, Mitch McConnell (R-KY), espera uma decisão na Câmara para agir. McConnell teria sua imagem prejudicada em caso de não aprovação, já que prometera ter os orçamentos autorizados todos os anos em que os republicanos estivessem na liderança do Senado. No entanto, evitar a questão orçamentária poderia proteger os senadores republicanos candidatos à reeleição contra impopularidade junto aos eleitores. A ação sobre o orçamento acabou adiada até depois de março, por decisão de Mike Enzi (R-WY), presidente do Comitê do Orçamento do Senado.

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