Republicanos recusam audiência para vaga da Suprema Corte
Membros republicanos do Comitê Judiciário do Senado assinaram, no dia 23, uma carta prometendo não realizar audiências com qualquer indicado pelo presidente Barack Obama para a vaga de Antonin Scalia na Suprema Corte. Scalia faleceu de causas naturais aos 79 anos, no dia 13, em um hotel fazenda no Texas. Para os republicanos, a indicação deve ficar a cargo do próximo presidente eleito. Mitch McConnell (R-KY), líder da maioria no Senado, afirmou que assim como o presidente tem direito de nomear um sucessor, o Senado possui a prerrogativa de postergar o tratamento da matéria. McConnell também recordou uma declaração de Joe Biden, na qual o vice-presidente afirma que um presidente em final de mandato não deveria fazer nomeações para a Suprema Corte. A posição expressa na carta é quase hegemônica no Partido Republicano. Apenas os senadores Mark Kirk (R-IL) e Susan Collins (R-ME) apoiam a realização de audiências. Segundo fontes da mídia, assessores democratas avaliam positivamente o efeito que a decisão dos republicanos terá nas eleições de novembro. Nunca na história dos EUA um indicado para a Suprema Corte teve a audiência negada, de modo que a imagem do Partido Republicano poderá sofrer prejuízo frente ao eleitorado. Uma pesquisa recente do Pew Research Center apontou que mais da metade dos americanos são a favor das audiências. Segundo o levantamento, 1 em cada 3 eleitores republicanos acham que o Senado deveria agir, ao invés de paralisar a discussão.