Combate ao Estado Islâmico leva ação dos EUA para Líbia
Ataques aéreos dos EUA, no dia 19, mataram mais de 30 integrantes do Estado Islâmico (EI) na Líbia. A ação aconteceu na cidade de Sabratha, a 50 Km de Tripoli, e a maioria dos militantes era originária da Tunísia. O EI tem cerca de 3 mil militantes na Líbia, que vem se tornando uma alternativa para o grupo conforme cresce o cerco das potências no Iraque e na Síria. Outra vantagem na Líbia para os terroristas é o caos político. Desde que forças ocidentais ajudaram a derrubar o ditador Muammar Gaddafi, em 2011, pelo menos duas grandes facções controlam o território nacional. Uma em Trípoli e a outra, que tem mais apoio das potências externas, em Tobruk. Em janeiro, o chefe do Estado-Maior, general Joseph Dunford, disse que os EUA e aliados consideravam iniciar uma grande operação na Líbia. A ação realizada ontem indica que o plano já estaria sendo implementado. Segundo Dunford, o presidente Barack Obama deu autorização para a investida militar em paralelo a esforços para promoção da unidade política. Para Dunford, é urgente evitar que o EI ganhe influência sobre outras redes africanas, tornando a guerra ao terror no continente ainda mais difícil. O secretário de Estado John Kerry também declarou não haver qualquer possibilidade de que os EUA permitam ao EI acesso às reservas de petróleo e gás na Líbia, entre as maiores na África. Há cerca de quatro meses, EUA e Reino Unido começaram missões clandestinas de inteligência para mapear a localidade de integrantes do EI. A maior dificuldade, no entanto, tem sido a relutância de facções líbias em colaborar com o Ocidente, que veem com desconfiança desde a intervenção de 2011.