EUA suspendem sanções e trocam prisioneiros com Irã
Os EUA suspenderam parte das sanções contra o Irã, no dia 16, após a Agência Internacional de Energia Atômica confirmar que o país persa vem cumprindo sua parte no acordo sobre o programa nuclear. Entre outras medidas, o Irã desmontou 13 mil centrífugas, tornou inoperante o reator de plutônio da usina de Arak e enviou quase 98% de seu estoque de urânio enriquecido para a Rússia. A contrapartida por EUA e União Europeia foi o descongelamento de US$ 50 bilhões iniciais, a retirada de barreiras financeiras, a liberação de acesso a seguro e transporte internacional, e permissões favoráveis ao setor de petróleo e gás iraniano. Será mantida a maior parte do embargo comercial, que proíbe muitas empresas dos EUA de fazer investimentos ou comércio com o Irã, e outras penalidades relacionadas com o suposto apoio iraniano ao terrorismo internacional. O anúncio da suspensão ocorreu após os dois países confirmarem o intercâmbio de prisioneiros, fruto de mais de um ano de negociações paralelas às discussões sobre o acordo nuclear. O secretário de Estado John Kerry comemorou o que considera o dia em que o mundo começou a ficar mais seguro, enaltecendo o poder da diplomacia sobre o uso da força militar. Os republicanos criticaram o fim das sanções e, principalmente, a soltura dos prisioneiros iranianos. O pré-candidato Marco Rubio (R-FL) disse que os gestos demonstram a fraqueza do governo Obama e prometeu cancelar o acordo caso vença as eleições. Junto com a retomada das relações com Cuba, a reaproximação com o Irã é considerada por muitos analistas como um legado histórico de Barack Obama.