Energia e Meio Ambiente

Senado tenta desacreditar medidas ambientais de Obama

No dia 17, o Senado aprovou o bloqueio de duas regulações centrais da política ambiental de Obama. A iniciativa visa diminuir a autoridade do presidente durante a reunião da ONU sobre mudança climática, que ocorrerá no fim deste mês em Paris. Dentre as medidas votadas pelo Senado está uma regra da Agência de Proteção Ambiental, divulgada em agosto, que decreta a diminuição de 32% das emissões de carbono para usinas termoelétricas a carvão. A outra regulamentação derrubada diz respeito aos padrões que dificultam a construção de novas usinas a carvão. Espera-se que a Câmara siga a votação do Senado. No entanto, analistas acreditam que as Casas não conseguirão votos suficientes para sustentar a iniciativa. No mesmo dia, Obama declarou que vetará a medida se esta chegar a seu gabinete. Nesse caso, os congressistas precisariam de maioria qualificada de dois terços nas duas Casas para derrubar o veto presidencial. A intenção dos legisladores é simbólica. A maioria dos senadores que votou contra as regulações ambientais são republicanos que esperam que a medida tenha repercussões diplomáticas no encontro internacional. Durante a reunião da ONU, Obama pretende mostrar-se favorável à elaboração de regras ambientais, com base em suas políticas domésticas e na rejeição à construção do oleoduto Keystone XL. Já os senadores querem mostrar ao mundo que há resistência dentro dos EUA com relação a leis ambientais e que a capacidade do presidente de assumir compromissos internacionais é limitada. A ação do Senado, apesar de simbólica, gerou grande reprovação de grupos ambientais e também da maioria dos democratas.

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