Debate sobre NSA e vigilância retorna após atentados
Os ataques terroristas em Paris, no dia 13, suscitaram nos EUA o reavivamento das discussões sobre o monitoramento de dados eletrônicos pela Agência Nacional de Segurança (NSA, na sigla em inglês) e outros órgãos de inteligência. O diretor da CIA, John Brennan, afirmou que os ataques na França devem servir de alerta para o governo dos EUA rever suas políticas de vigilância. O senador Tom Cotton (R-AR) propôs, no dia 17, uma lei para adiar até janeiro de 2017 a substituição do atual programa de coleta massiva de dados da NSA, previsto para terminar em novembro. O modelo atual garante às agências de inteligência amplo acesso aos metadados de usuários de telefonia móvel. O novo modelo deverá restringir a coleta de dados como parte do USA Freedom Act, que substituirá o Patriot Act, em vigor desde os atentados de 11 de setembro. Paralelamente, é crescente a pressão sobre empresas de tecnologia, como Apple e Google, para alterarem suas plataformas de serviços. Atualmente, essas empresas desenvolvem aparelhos e softwares cuja encriptação de dados não pode ser desfeita ou acessada pelos órgãos governamentais. Essas medidas começaram a ser implantadas após Edward Snowden expor os programas de vigilância da NSA e empresas de tecnologia terem seus nomes envolvidos no escândalo. O senador John McCain (R-AZ) afirmou que audiências serão feitas para tratar do assunto. A Casa Branca posicionou-se a favor das companhias ao afirmar que não buscará medidas que forcem as empresas a cooperar com as autoridades.