O governo dos EUA aprovou, no dia 18, a suspensão condicionada de parte das sanções contra o Irã. Em memorando para agências governamentais, entre elas os Departamentos de Estado, Comércio, Tesouro e Energia, o presidente Barack Obama deu instruções para que sejam iniciados os procedimentos de interrupção. A decisão foi comunicada 90 depois da assinatura do acordo nuclear do Irã com o P5+1, formado pelos 5 integrantes do Conselho de Segurança da ONU e a Alemanha. Mas a suspensão só terá efeito quando Teerã cumprir todas as exigências iniciais do acordo e após a verificação das mesmas pela Agência Internacional de Energia Atômica. A União Europeia também prepara-se para acabar com as punições. Por outro lado, as sanções unilaterais dos EUA por suposto apoio ao terrorismo e desrespeito aos direitos humanos pelo governo iraniano serão mantidas. A continuidade dessas penalidades atrapalha os planos de petrolíferas dos EUA, que não poderão participar das oportunidades abertas no mercado iraniano. Na semana passada, o Irã realizou uma conferência com representantes de empresas privadas e estatais de outros países interessadas em comprar petróleo ou investir na exploração de campos iranianos.  As reservas do país são muito lucrativas por conter petróleo de alta qualidade localizado em baixa profundidade. Ambos os fatores tornam a extração muito mais barata e atrativa, principalmente no momento em que a maioria das reservas de petróleo convencional no mundo entrou em declínio ou está próxima de atingir o pico de produção.