Projeto de lei republicano que restringe aborto é bloqueado
Senador Mitch McConnell na Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC) de 2013 em National Harbor, Maryland, em 15 mar. 2013 (Crédito: Gage Skidmore/Flickr)
Por Geraldo Zahran [Informe OPEU] [Notícias]
Senadores democratas impediram, no dia 22, a votação de projeto de lei republicano que proibia a realização de abortos após a vigésima semana de gravidez. A medida abria exceção apenas em casos de estupro, incesto ou quando há risco à vida da gestante. O aborto nos EUA é uma prática legal desde 1973, embora alguns estados apliquem a proibição após o quinto mês de gravidez. O limite de vinte semanas existiria porque, segundo pesquisas, a partir desse período o feto é capaz de sentir dor.
Em defesa do projeto, o porta-voz da Câmara John Boehner (R-OH) afirmou em discurso que infligir dor a um ser humano inocente é um ato imoral. Falando ao Senado, o líder da maioria Mitch McConnell (R-KY) afirmou que a proposta colocaria os EUA junto a nações mais civilizadas. Republicanos argumentam que apenas sete países no mundo permitem o aborto após a vigésima semana. A discussão vem à tona em meio a uma acirrada disputa pelo fim do financiamento federal ao Planned Parenthood. A organização está sob forte ataque desde que vídeos liberados na Internet mostram funcionários da instituição vendendo ilegalmente tecido de fetos abortados.
O líder da minoria no Senado, Harry Reid (D-NV), acusou os republicanos de desviarem o foco da questão mais importante, que é evitar a paralisação do governo. A autorização orçamentária atual termina no final de setembro e um novo orçamento precisa ser aprovado para manter o governo funcionando. A ala mais conservadora do Partido Republicano ameaça boicotar o plano orçamentário, se o financiamento federal ao Planned Parenthood continuar.
[Postagem editada, com inclusão de imagem em 16 out. 2024]
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