O Departamento de Justiça abriu uma investigação criminal para apurar fraudes da Volkswagen em testes de emissão de poluentes nos EUA. Segundo a Bloomberg, no dia 21, o caso estaria sendo conduzido pela Divisão de Recursos Naturais e Meio Ambiente do Departamento. Na semana anterior, a empresa alemã foi acusada pela Agência de Proteção Ambiental (EPA, na sigla em inglês) de usar um software que altera os níveis poluentes em quase 500 mil veículos a diesel vendidos nos EUA desde 2008. A EPA vinha pedindo explicações a Volkswagen há cerca de um ano, mas a empresa sempre alegou que a divergência entre as emissões e os registros dos carros decorria de erro técnico. Na semana passada, seus diretores acabaram admitindo que a diferença era resultado de um ato intencional. O reconhecimento da fraude ocorreu somente quando a agência ameaçou não liberar a autorização para os modelos 2016. Caso a fraude seja legalmente comprovada, a Volkswagen poderá ser multada em cerca de US$ 18 bilhões. A má fé da empresa foi descoberta por acaso, após um grupo ambientalista sem fins lucrativos comparar a performance dos carros a diesel limpo europeus e de automóveis a diesel normal nos EUA. Ações da Volkswagen chegaram a cair mais de 20% depois que a empresa anunciou a provisão de US$ 7,3 bilhões no trimestre para tratar do problema, que estima atingir 11 milhões de carros no mundo. Nos EUA, a EPA ordenou o recall de todos os carros afetados, entre eles Golf, Passat, Jetta e Beetle.