Pré-candidata à presidência pelo Partido Democrata, Hillary Clinton endossou o acordo nuclear firmado com o Irã. Em discurso em Washington, no dia 8, Clinton afirmou que não basta dizer sim ao acordo, mas é necessário que o próximo presidente garanta a sua aplicação. A ex-secretária de Estado afirmou que o Irã tentará desafiar o novo presidente a partir de 2017. Segundo ela, os termos alcançados não são perfeitos, mas representam a melhor opção para impedir que o Irã adquira armas nucleares. Caso o acordo não seja cumprido pelo Irã, acrescentou que não hesitará em fazer uso da ação militar. Clinton também se posicionou frente às preocupações israelenses, advogadas ativamente pela comunidade judaica nos EUA. Ela prometeu aumentar a cooperação militar com Israel e combater o financiamento a grupos considerados terroristas pelos EUA e Israel, como Hamas e Hezbollah. No mesmo dia, mais quatro senadores se posicionaram a favor do acordo, totalizando 42 apoiadores. O número é suficiente para impedir que o Partido Republicano leve uma resolução de desaprovação à votação no Senado. Apesar da vitória da administração Obama, o apoio de Clinton tem importância estratégica para a sobrevivência do acordo após as eleições de 2016. Por não ser um tratado ratificado pelo Senado, mas uma medida executiva, futuros presidentes podem desfazer o compromisso. Candidatos republicanos à presidência, como Scott Walker, governador de Wisconsin, e o senador Marco Rubio (R-FL), já declararam que removerão os EUA do acordo e reintroduzirão as sanções ao Irã tão logo cheguem à Casa Branca.