A administração Obama vem adotando medidas para dificultar o envio de ajuda militar russa à Síria. Para impedir que equipamentos militares e tropas russas cheguem à região, os EUA têm solicitado ajuda de países aliados. A Bulgária, uma importante rota para a região, concordou em fechar seu espaço aéreo para aviões de transporte russos. O mesmo pedido foi feito à Grécia, mas não houve nenhuma resposta oficial até o momento. Relatórios do governo dos EUA apontam para a construção de uma base militar russa na cidade portuária de Latakia. A instalação contaria com uma torre de controle aéreo e alojamentos para soldados. O presidente russo Vladimir Putin admitiu, no dia 4, que aumentou o auxílio ao governo de Bashar al-Assad com o envio de equipamentos, armas e pessoal. Nos últimos dias, dois grandes aviões russos foram avistados na região de Latakia, transportando suprimentos e equipamentos. Outro avião de transporte avistado no mesmo local indica o envio de cerca de 1.000 soldados. Para a imprensa russa, essas missões estariam levando assistência humanitária. O secretário de Estado John Kerry pressionou o governo russo, no dia 5, afirmando que o apoio militar à Síria pode piorar o conflito, levar à morte de civis e elevar o número de refugiados. Apesar de EUA e Rússia terem concordado recentemente em buscar uma solução para a guerra civil síria, ambos discordam sobre o futuro político de al-Assad. Segundo analistas, a Rússia ainda parece enxergar o presidente sírio como uma barreira contra extremistas, enquanto os países ocidentais acreditam que a saída de al-Assad é essencial para o término dos conflitos na Síria.