Verbas tiram porta-aviões do Golfo Pérsico

A decisão do Pentágono de retirar temporariamente um porta-aviões do Golfo Pérsico indica possível alteração na política de segurança dos EUA. O USS Theodore Roosevelt deverá deixar a região em outubro para manutenção, sendo substituído pelo USS Harry S. Truman apenas no fim do ano. Nos últimos 7 anos, os EUA nunca deixaram de ter um porta-aviões posicionado no local. Atualmente, 20% dos ataques aéreos ao Estado Islâmico partem do USS Theodore Roosevelt. Segundo o Pentágono, a ausência do navio será compensada por uma base nova na Turquia, de onde os ataques passarão a ser realizados, e pelo navio de assalto anfíbio USS Essex. A lacuna é apresentada como temporária, mas fontes militares alegam que a questão é mais complexa. Os EUA têm dificuldades orçamentárias para manter a frota em sintonia com seus objetivos estratégicos. Construir um porta-aviões de grande porte custa em torno de US$ 14 bilhões e o custo de manutenção equivale ao de uma cidade pequena. Uma legislação nacional exige que o país tenha frota mínima de 11 porta-aviões, mas cortes em verbas e o envelhecimento dos navios reduziram o número para 10 unidades até pelo menos 2016. Essa quantidade permite que os EUA mantenham apenas três operando simultaneamente, sendo um permanentemente no Japão; os demais são enviados para processos de modernização ou consertos. Diante desses obstáculos, militares acreditam que a preferência do presidente Barack Obama e do secretário de Defesa Ashton Carter será priorizar o Sudeste Asiático em detrimento do Oriente Médio.

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