Governo libera exploração de petróleo no Ártico
A administração Obama autorizou, em julho, a exploração de recursos de energia no Oceano Ártico. A permissão foi dada à multinacional Royal Dutch Shell, que começou a fazer perfurações a cerca de 75 milhas da costa do Alasca. Os trabalhos estão limitados a áreas de baixa profundidade até a chegada de um navio quebra-gelo transportando equipamentos de segurança. O MSV Fennica saiu do Oregon somente no dia 30, depois que um juiz federal ordenou o fim do bloqueio físico pelo Greenpeace. A decisão do governo representa uma derrota para o movimento ambientalista, que tenta impedir a exploração no Ártico sob a alegação de alto risco de acidente ambiental. O próprio Departamento do Interior constatou 75% de chance de vazamento no local, problema agravado pela dificuldade operacional da Guarda Nacional em conter os efeitos de um desastre ambiental no Alasca. Mesmo assim, o Departamento confirmou a concessão de exploração, autorizada em 2008 pelo ex-presidente George W. Bush e reafirmada pelo presidente Barack Obama dois anos depois. A Shell tentou as primeiras atividades em 2012, mas foi interrompida por problemas técnicos e batalhas judiciais movidas por ativistas. Os ambientalistas afirmam que a extração de petróleo e gás no Ártico é contraditória com a política ambiental que Obama diz pretender deixar como legado. O presidente espera reduzir, até 2025, entre 26% e 28% das emissões de carbono sobre os níveis de 2005. De acordo com estudos, a exploração de recursos no Ártico pelos EUA e outros países fronteiriços pode lançar 150 bilhões de toneladas de dióxido de carbono na atmosfera.