Espionagem dos EUA abre crise com a França

A França reagiu com indignação à informação de que os EUA espionaram presidentes franceses nos últimos anos. Segundo documentos do Wikileaks, publicados no dia 23, funcionários da Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) tiveram acesso à comunicação pessoal do atual presidente, François Hollande, e de seus antecessores, Nicholas Sarkozy e Jacques Chirac. As revelações indicam que os EUA espionaram os líderes franceses em conversas sobre questões internacionais sensíveis, como conflitos no Oriente Médio e a crise grega. As informações obtidas teriam sido compartilhadas com Reino Unido, Canadá, Nova Zelândia e Austrália, que completam o grupo de inteligência chamado Five Eyes. Um comunicado oficial do gabinete francês repudiou a conduta da NSA. O ministro das Relações Exteriores francês, Laurent Fabius, chamou o embaixador dos EUA para explicações. Hollande conversou por telefone com o presidente Barack Obama, que tentou amenizar o problema ressaltando os laços entre França e EUA, inclusive em cooperação de inteligência. A divulgação da espionagem volta a colocar em questão a confiabilidade dos EUA para seus aliados e questiona a competência da França em contraespionagem. Curiosamente, no mesmo dia que o assunto veio à tona, o Parlamento francês votou uma controversa lei de vigilância que aumenta a capacidade do governo de espionar cidadãos e residentes.

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