Câmara aprova fast-track e devolve projeto ao Senado
A Câmara aprovou, no dia 18, uma proposta de concessão de autoridade de promoção comercial ao presidente Barack Obama, a chamada fast-track. O projeto foi aprovado com 218 a favor e 208 contra, com 28 representantes democratas juntando-se à maioria republicana pela passagem do fast-track. Na semana passada, o Partido Democrata tinha impedido um projeto semelhante, respondendo a pressões de sindicatos, ambientalistas e grupos de defesa de direitos humanos. No final de maio, o Senado já havia aprovado uma proposta que autorizava o fast-track, vinculado ao programa de assistência trabalhista TAA (Trade Adjustment Assistance). Foi esta a proposta derrubada na Câmara na última semana. Como os representantes precisaram separar o fast-track da assistência trabalhista para conseguir aprovação, o projeto agora volta ao Senado. Não é certo, no entanto, que a Casa aprovará novamente o projeto. Em maio, o apoio democrata só foi conquistado após promessa dos republicanos de votar a prorrogação do Ex-Im Bank, o que ainda não foi cumprido. O mandato do banco, que financia exportações de empresas dos EUA, expira em 4 de julho. Na negociação desta semana, os republicanos também prometeram a votação em separado do TAA, mas senadores democratas estão céticos a esse respeito. Com um golpe contra os planos da Casa Branca, a ex-senadora e pré-candidata à presidência, Hillary Clinton, declarou que votaria contra o fast-track. Assim como boa parte dos congressistas democratas, Clinton está preocupada com sua militância, que vê no fast-track e na finalização do acordo comercial da Parceria Transpacífica um risco para trabalhadores nos EUA.