Democratas derrubam fast-track na Câmara

Representantes democratas desferiram, no dia 12, um duro golpe contra a agenda comercial da Casa Branca ao impedir a concessão de autoridade de promoção comercial ao presidente Barack Obama. O chamado fast-track tinha sido aprovado no Senado no fim de maio, mas não conseguiu apoio dos democratas na Câmara apesar dos apelos pessoais do presidente. O fast-track conferiria ao Executivo maior liberdade para negociação de acordos comerciais. Por promover uma agenda de liberalização comercial, a proposta conta até mesmo com apoio da oposição republicana. Por outro lado, grupos ambientalistas, sindicatos de trabalhadores e grupos de defesa de direitos humanos se posicionaram fortemente contra a medida. O principal objetivo da aprovação do fast-track é a conclusão da Parceria Transpacífica, acordo comercial que reúne 12 países da região. Os democratas na Câmara e vários grupos de ativistas argumentam que o acordo prejudicará trabalhadores nos EUA, além de conferir proteção especial a grandes corporações, ferir leis ambientais e premiar parceiros com históricos de desrespeito aos direitos humanos, como Brunei e Vietnã. A Casa Branca argumenta que o acordo abrirá mercados para as exportações dos EUA, e obrigará os parceiros a respeitar leis ambientais e trabalhistas mais rígidas. No entanto, as negociações, que já duram mais de cinco anos, têm sido conduzidas em segredo pelas partes. A derrota nas mãos de representantes do próprio partido enfraquece a posição do presidente. É esperada uma segunda votação esta semana, mas uma nova derrota poderá condenar as chances de finalização da Parceria Transpacífica no curto prazo.

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