Republicanos e democratas divergem sobre orçamento militar

Democratas ameaçam barrar a proposta de Lei de Autorização de Defesa Nacional para o ano fiscal de 2016. Aprovado na Câmara, no dia 11, o plano de US$ 576 bilhões inclui cerca de US$ 489 bilhões para gastos ordinários e US$ 86,8 bilhões para operações de guerra. Os democratas criticam uma manobra republicana para burlar o limite orçamentário estabelecido pelo Budget Control Act de 2011, sem contrapartida para setores civis. A estratégia da oposição foi propor US$ 38 bilhões extras para contingências de guerra, que na prática seriam usados para gastos ordinários. A Casa Branca não é contra gastos militares acima do teto de 2011, uma vez que o orçamento proposto para o Departamento de Defesa no início do ano já foi acima do limite. Mas os democratas querem condicionar a medida a um aumento equivalente para setores não ligados à defesa. Um projeto orçamentário semelhante ao da Câmara também foi aprovado em painel do Senado e deverá ser votado em plenário nos próximos dias. Mesmo sem a maioria na Casa, senadores democratas prometem dificultar a votação. Segundo o líder da minoria, Harry Reid (D-NE), os republicanos mostram incapacidade de governar ao perder tempo com uma proposta que certamente será vetada pelo presidente Barack Obama. Republicanos e democratas costumam concordar com certa facilidade sobre o orçamento militar. Mas a polarização da política doméstica nos últimos anos e a proximidade das primárias para a corrida presidencial de 2016 podem dificultar o consenso neste ano.

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