Programas de espionagem estão sob risco no Senado

Os programas de coleta de registros telefônicos e metadados da Agência Nacional de Segurança (NSA, na sigla em inglês) podem ser encerrados já no fim de maio. O risco se deve à não aprovação do USA Freedom Act no Senado, na madrugada do dia 23. O projeto de lei, que fora aprovado com apoio bipartidário na Câmara, renova os dispositivos do Patriot Act de 2001 que expiram em 31 de maio. Entre eles está a Sessão 215, que autoriza a coleta de dados pela NSA e outros programas do FBI. O projeto da Câmara restringia a capacidade da NSA de coletar e armazenar dados indiscriminadamente. No Senado, a proposta encontrou resistências diversas. O líder da maioria, Mitch McConnell (R-KY), foi contra por julgar que as mudanças enfraqueceriam as agências de segurança e poderiam colocar o país em risco. Outros senadores, como o pré-candidato à presidência, Rand Paul (R-KY), tomaram posição oposta: as mudanças não teriam sido abrangentes o suficiente para resguardar o direito à privacidade dos cidadãos. Paul chegou a bloquear a discussão no Senado, em discurso de mais de dez horas, na tentativa de atrasar o projeto. A votação do USA Freedom Act agradou ambos os lados: o projeto não obteve os 60 votos necessários. A partir daí, a estratégia de McConnell entrou em colapso. O líder queria aprovar uma extensão temporária do Patriot Act, mas teve suas propostas derrotadas cinco vezes seguidas. O Senado entrou em recesso e McConnell deve convocar o plenário no domingo, 31, poucas horas antes do prazo final. A Casa Branca e as agências de inteligência apoiam a proposta da Câmara, mas já começaram a tomar providências para encerrar seus programas de coleta de dados.

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