Futuro do Ex-Im Bank está ameaçado mais uma vez

O Ex-Im Bank, agência federal de concessão de crédito a exportadores, ficará sem orçamento a partir de 30 de junho e sua renovação não está assegurada. O banco vem enfrentando forte oposição de grupos conservadores e membros do Partido Republicano. Críticos apontam que o Ex-Im Bank beneficia principalmente grandes multinacionais como Boeing, Caterpillar e General Electric. Na renovação de orçamento de 2012, congressistas incluíram uma diretiva para que o Departamento do Tesouro trabalhasse com agências de exportação de outros países para acabar com esse tipo de prática. Em reunião na Suíça, o presidente do Ex-Im Bank, Fred Hochberg, afirmou que seus colegas de outros países não conseguem entender a intenção do Congresso em fechar o banco. Em entrevista, Hochberg disse ter ouvido que representantes de Alemanha, Brasil, Coreia do Sul, França, Japão e Rússia não pretendem extinguir, mas aumentar os estímulos à exportação. A principal preocupação dos países e de suas empresas é a competição com as exportações provenientes da China. Desmontar o Ex-Im Bank seria o equivalente a um desarmamento unilateral. A disputa criou uma aliança incomum entre democratas e grupos empresariais, como a Câmara de Comércio dos EUA. Seus defensores argumentam que o fechamento da agência prejudicaria não só grandes empresas, mas também pequenos exportadores sem condições de obter crédito em outras instituições. O debate atual repete as discussões de setembro de 2014, quando o orçamento do banco teve que ser incluído em uma ampla resolução contínua que autorizava gastos do governo federal.

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