Pré-candidato democrata ataca subsídio à energia fóssil
Subsídios para energia fóssil devem entrar na agenda de campanha das primárias nos EUA. Um projeto de lei reintroduzido recentemente pelo senador Bernie Sanders (I-VT), pré-candidato à presidência pelo Partido Democrata, pede o fim desse tipo de subsídio. Segundo Sanders, US$ 135 bilhões de gastos com incentivos à indústria fóssil poderiam ser evitados na próxima década. Para o senador, é absurdo que o dinheiro dos contribuintes ajude a aumentar os lucros gigantescos das grandes empresas, sobretudo considerando a necessidade de combate à mudança climática. Sanders argumenta que parte de aproximadamente US$ 1,8 bilhões gastos pelo lobby do setor nos últimos cinco anos teve como objetivo manter esse tipo de vantagem. Em 2009, o presidente Barack Obama sugeriu que o G20 diminuísse os subsídios para recursos fósseis. Porém, os benefícios federais dos EUA para essas indústrias aumentaram 45% desde então. As chances de Sanders nas primárias são mínimas, mas a reintrodução da proposta indica intenção de se debater um tema politicamente sensível. O desafio seria grande para os pré-candidatos republicanos, que normalmente possuem ligação com o setor, e também para a pré-candidata democrata, Hillary Clinton. Em 2005, a então senadora votou pelo fim dos subsídios. Mas revelações de que a Fundação Clinton recebeu grandes somas da Exxon e da Chevron, além de governos estrangeiros em países produtores de petróleo e gás, prejudicam sua imagem. Hillary terá dificuldades especialmente entre ambientalistas, que costumam votar nos democratas, e junto à classe média, um dos alvos de sua campanha.