Obama age para excluir Cuba da lista de apoio a terrorismo

O presidente Barack Obama entregou uma carta ao Congresso, no dia 14, comunicando intenção de excluir Cuba da lista de países que os EUA acreditam patrocinar o terrorismo. A carta precede um relatório sobre o tema que o Executivo entrega ao Legislativo todo dia 30 de abril e confirma o anúncio de Obama na última Cúpula das Américas, no Panamá. Na carta, o presidente afirma que Cuba não oferece apoio ao terrorismo internacional há mais de seis meses e que o governo cubano garante que não o fará no futuro. Essas são condições básicas para que a Casa Branca retire seu vizinho da listagem, que também inclui Irã, Síria e Sudão. Cuba entrou nesse rol em 1982 sob a alegação dos EUA de que a ilha apoiava guerrilhas na América Latina e na África, e grupos como o basco ETA. Em 1992, Fidel Castro anunciou que dar suporte a resistências em outros países não era mais uma política cubana. Mesmo assim, os EUA mantiveram Cuba na lista, decisão posteriormente reforçada pela oposição de Havana à guerra ao terror após o 11 de setembro e as relações cubanas com o Irã. A urgência do assunto é uma exigência do governo cubano, além de uma necessidade para a abertura de embaixadas mútuas e a eventual aprovação do fim do embargo comercial dos EUA pelo Congresso. Obama comunicou ao Congresso por formalidade, já que os congressistas não podem impedir a alteração. O máximo que conseguem é adiar a medida por 45 dias, tempo que possuem para responder oficialmente à carta. O impedimento do plano da Casa Branca exigiria uma resolução conjunta do Congresso, o que não deve acontecer, inclusive porque Obama vetaria a proposta.

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