Obama elogia acordo provisório com Irã
O presidente Barack Obama falou, no dia 2, sobre o acordo provisório anunciado no mesmo dia para o programa nuclear iraniano. Obama destacou as iniciativas diplomáticas que levaram ao arranjo histórico, mas enfatizou a importância das sanções aplicadas em sua gestão. Pelo acerto, o Irã poderá manter usinas nucleares para fins civis. Duas instalações serão transformadas em centros de pesquisa e o número de centrífugas será reduzido em um terço, para 5.060 unidades. Outro ponto foi a redução do estoque de urânio enriquecido, de 10 toneladas para 300kg, quantidade insuficiente para produção de armas nucleares. Ainda não foi definido como o volume será diminuído, mas é certo que não poderá voltar a crescer nos próximos 15 anos. O reator da usina de Arak será reprojetado para que não possa produzir plutônio, um dos materiais usados para fabricação de artefatos bélicos. O Irã também concordou em submeter-se a verificações internacionais regulares. A contrapartida é a suspensão das sanções ocidentais, que atingiram o Irã principalmente nos setores de petróleo, gás, defesa e finanças. Um documento definitivo é esperado para o fim de junho, caso as divergências sejam superadas. Entre as pendências constam a velocidade de suspensão das sanções e a amplitude da fiscalização, cujo alcance os EUA pretendem estender a bases militares no Irã. Ciente da reação negativa de alguns políticos, mas do crescente apoio de sua população a uma solução diplomática, Obama aproveitou para mandar uma mensagem ao Congresso. O presidente disse que, caso o Legislativo tente derrubar o acordo, os EUA serão responsáveis pelo fracasso da diplomacia e por aumentar a chance de conflito.