ONU recebe compromisso climático dos EUA
O presidente Barack Obama enviou à ONU, no dia 31, um compromisso formal de redução das emissões no país. A informação é de Brian Deese, assessor de Obama para questões de energia e meio ambiente. O documento determina que o país atingirá, até 2025, entre 26% e 28% de redução em relação ao nível de emissão de 2005. A fim de alcançar a meta, o governo continuará com medidas de eficiência energética para comércio, residências e veículos. Outras ações vigentes e futuras são normas da Agência de Proteção Ambiental para limitar emissões por usinas termoelétricas e setor petrolífero. Extraoficialmente, o país espera chegar a 80% de corte nas emissões até 2050. A iniciativa é consequência de um acordo bilateral recentemente negociado com a China, no qual os dois maiores poluidores do mundo se comprometem a reduzir emissões e estimular outros países a fazer o mesmo. Obama não é o primeiro presidente dos EUA a adotar metas. Bill Clinton chegou a assinar o Protocolo de Kyoto, mas o tratado nunca foi ratificado pelo Senado. Anos depois, George Bush abandonou o compromisso sob o argumento de proteger a economia dos EUA. O republicano também discordava da atribuição de custos e responsabilidades mais elevados para os países ricos do que para os emergentes. Assim como seus antecessores, Obama convive com enorme resistência do Congresso a um acordo climático internacional. Deese minimizou essa dificuldade, dizendo que as políticas ambientais não dependem de autorização legislativa. Apesar do otimismo, a maioria dos analistas espera batalhas duras com o Legislativo e nas cortes judiciais do país sobre compromissos assumidos com a ONU.