Partidos chegam a acordo sobre Medicare

Em uma rara demonstração de bipartidarismo, a Câmara aprovou, por 392 votos contra 37, um projeto que corrige um dos mecanismos do Medicare, programa de saúde federal para população idosa. O acordo vinha sendo negociado pelo porta-voz da Câmara, John Boehner (R-OH), e a líder da minoria na Casa, Nancy Pelosi (D-CA), desde janeiro, e foi finalmente aprovado no dia 26. A proposta modifica um dispositivo conhecido como “taxa de crescimento sustentável”, que na prática reduzia anualmente os reembolsos pagos pelo governo a médicos que prestam atendimento pelo Medicare. Para evitar os cortes nos reembolsos, o Congresso já havia suspendido o mecanismo, temporariamente, 17 vezes desde 2003. Essa foi a primeira vez em que os partidos chegaram uma solução de longo prazo. O projeto também estende por mais dois anos um programa de seguro saúde para crianças e financiamento para centros de saúde comunitários. Apesar de o presidente Barack Obama ter declarado estar pronto para sancionar o projeto de lei, o líder na maioria no Senado, Mitch McConnell (R-KY), postergou a discussão da proposta. O Senado entrou em recesso no dia 27, após terminar o processo de votação de emendas ao projeto orçamentário, e só voltará a reunir-se no dia 13 de abril. Com isso, as mudanças no Medicare não serão aprovadas antes de 30 de março, data limite para implementação dos cortes nos reembolsos. Congressistas, no entanto, afirmaram que o governo pode atrasar o pagamento algumas semanas, esperando a definição do Senado. Essa prática já foi adotada em anos anteriores, quando extensões temporárias eram discutidas pelo Congresso.

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