Fratura hidráulica sofre regulamentação em terras federais
O governo Obama regulamentou pela primeira vez, no dia 20, o uso da fratura hidráulica em terras federais e indígenas. O desenvolvimento da regulamentação levou três anos e envolveu debates com empresas, organizações civis e a população. A tecnologia, vital para a exploração de petróleo e gás de xisto, inclui o uso de uma composição química na implosão da formação rochosa. As regras obrigam as operadoras a revelar as substâncias, uma informação que é considerada segredo industrial pelo setor petrolífero. O objetivo do governo é avaliar se as barreiras de cimento entorno dos poços de exploração impedem contaminação e vazamento para outras áreas. As normas também exigem que as empresas provem ter capacidade de armazenar os resíduos químicos. Ambientalistas dizem que as medidas federais são limitadas porque a maioria da extração de recursos de xisto acontece em terrenos privados. Em contrapartida, o segmento petrolífero considera a exigência prejudicial ao crescimento econômico. Apenas uma hora depois do anúncio do governo, associações do setor moveram uma ação judicial contra a decisão. As associações alegam que a preocupação do governo não tem embasamento científico e que a fratura hidráulica é usada com segurança há mais de 60 anos. No mesmo dia, um grupo de 27 senadores republicanos apresentou uma proposta de lei para impedir as normas. Existem indícios de que a fratura hidráulica seja um risco para o meio ambiente e a vida humana. Cientistas relacionam sua aplicação a contaminação da água e abalos sísmicos, entre outros efeitos. O estado de Nova Iorque, por exemplo, baniu a tecnologia no início do ano.