O presidente do Comitê de Orçamento da Câmara, Tom Price (R-GA), apresentou a proposta de orçamento republicana para o ano fiscal 2015-16. Divulgado no dia 17, o projeto mantém o limite de gastos discricionários de US$ 1,017 trilhão de dólares, negociados em 2011. O valor é composto de US$ 524 bilhões para o Departamento de Defesa e US$ 423 bilhões para outros gastos federais. Por meio de várias reduções, o projeto acabaria com o déficit orçamentário do país em 9 anos, chegando a um total de cortes de US$ 5,5 trilhões na próxima década. No intuito de instruir propostas específicas que serão redigidas nas próximas semanas, Price solicitou que diversos comitês da Câmara encontrem maneiras para acabar com o Obamacare, reforma da saúde aprovada em 2010. O plano de Price privatizaria o Medicare, programa de saúde para a população idosa, oferecendo apenas créditos para usuários comprarem planos de saúde. Também passaria para os governos estaduais o controle do Medicaid, programa que atende a população de baixa renda, e do auxílio alimentação. Ainda reduz programas federais na área de energia e flexibiliza regulamentos do setor financeiro. O projeto deve atrair críticas dos democratas e do presidente Barack Obama, que nas últimas semanas vinha pedindo aumento dos gastos sociais para além dos níveis de 2011. Mas também haverá resistência de republicanos alinhados com o setor de defesa. Para tentar acalmar senadores como John McCain (R-AZ) e Lindsey Graham (R-SC), Price incluiu um aumento de US$ 90 bilhões nos fundos de guerra do Pentágono. Por terem o controle do Congresso, as propostas de orçamento republicanas terão mais força nos dois últimos anos da administração Obama. É esperado que o Senado apresente seu projeto nos próximos dias e que as votações aconteçam em duas semanas.