A última sexta-feira, 27, foi de confusão no Congresso a respeito do financiamento do Departamento de Segurança Doméstica. O orçamento do órgão estava acabando sem que sua renovação tivesse sido aprovada por conta de disputas sobre políticas de imigração implementadas pelo presidente Barack Obama. A oposição vem tentando usar o orçamento do Departamento, que é responsável pela imigração, para forçar o presidente a mudar de posição. Mas o Partido Democrata dificulta a vida da maioria republicana no Congresso. Na semana passada, depois de quatro votações fracassadas no Senado, o líder da maioria, Mitch McConnell (R-KY), separou os dois assuntos e conseguiu aprovar a renovação do orçamento de Segurança Doméstica até setembro. A Câmara, no entanto, não aceitou a proposta. Como o Senado tinha derrubado os projetos anteriores que cancelavam as medidas de imigração de Obama, o porta-voz da Câmara John Boehner (R-OH) tentou aprovar uma renovação de três semanas para Segurança Doméstica e ganhar mais tempo para discutir as medidas de imigração. No entanto, a ala radical do seu próprio partido votou contra a extensão temporária, impondo derrota constrangedora a Boehner. Os representantes mais conservadores não aceitam concessões sobre imigração e querem forçar o Senado a aceitar sua versão do projeto. Na última hora, Boehner precisou contar com o apoio da líder da minoria, Nancy Pelosi, (D-CA) e com votos democratas para conseguir uma renovação de apenas uma semana. O tema voltará à pauta, mas já causa danos ao Partido Republicano, que não consegue impor sua agenda mesmo tendo o controle das duas Casas do Congresso.