Republicanos têm dilema com nova procuradora-geral

Quando o presidente Barack Obama anunciou, em setembro do ano passado, que o procurador-geral Eric Holder deixaria o cargo, a maioria dos membros do Partido Republicano comemorou. Holder era criticado por adotar uma postura demasiadamente política em questões como o direito de minorias. Também chegou a ser acusado de desacato ao Congresso por não entregar documentos confidenciais de uma investigação sobre operações de cartéis mexicanos. Holder permanece no Departamento de Justiça até que Loretta Lynch, procuradora de Nova Iorque indicada por Obama, seja confirmada pelo Senado. Lynch saiu-se bem em sabatina pelos senadores em fevereiro, ganhando elogios de membros de ambos os partidos. No entanto, republicanos são cautelosos em aprovar a nomeação, uma vez que Lynch disse concordar com as ordens executivas da Casa Branca que evitaram a deportação de 5 milhões de imigrantes não documentados. Republicanos consideram essas medidas inconstitucionais e fazem da declaração de Lynch um empecilho a sua confirmação. Por outro lado, o partido se expõe a críticas recorrentes de que estaria atrasando o processo de nomeações por razões políticas e preconceito racial, já que Lynch seria a primeira mulher negra no cargo. Senadores com pretensões à presidência em 2016, como Ted Cruz (R-TX) e Rand Paul (R-KY), já se declararam contra Lynch. A maioria dos republicanos, no entanto, ainda não tomou posição. A única voz favorável no partido até agora foi a do senador Lindsey Graham (R-SC), que diz ser irreal imaginar que o presidente indicaria ao cargo alguém que julgasse suas ações inconstitucionais.

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